Procurar os culpados pela violência no futebol nos faz pensar sobre a participação dos próprios jogadores. O desempenho durante a partida, envolve o antes e o depois, afeta a emoção dos torcedores fora de campo, o que permite comparar o futebol como um concerto. Uma grande orquestra, os torcedores são os músicos e os jogadores estão na condição de maestros do espetáculo.
Ao lado das quatro linhas o torcedor reproduz o que vê em campo. As muitas brigas, xingamentos e ameaças entre atletas, usadas para desestabilizar o adversário, inflamam animosidades do lado de fora do gramado e que não ficam restritas ao período da partida.
O torcedor na arquibancada acompanha seu maestro com atenção, respondendo a cada indicação da nota mais aguda ou grave, principalmente quando essa é expressa através do comportamento agressivo e ríspido contra outro companheiro de trabalho.
A importância da regência dos jogadores é reconhecida na frase: “vocês da imprensa”. Proferida para se referir aos profissionais da mídia esportiva – virou até nome de podcast esportivo[1] – e provoca uma manipulação obducta, pois, os profissionais do futebol sabem que agindo assim promovem o engajamento em suas redes sociais e deixam de assumir sua responsabilidade.
O que perguntamos de maneira repetida, é: vai acabar a violência no futebol? Presumivelmente, não! Para acabar a violência no futebol, há necessidade de a sociedade deixar de ser violenta, uma utopia. Entretanto, lutamos para fazê-la diminuir, pois, como espaço de confraternização a cólera não é condizente.
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https://ludopedio.org.br/arquibancada/violencia-no-futebol-quem-e-o-culpado-parte-i/
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