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Seminário e XVII Seminário de Diversidade Étnico-Racial - Dia 2

Seminário e XVII Seminário de Diversidade Étnico-Racial - Saberes e Conhecimentos Diversos: Práticas Pedagógicas da RME de Florianópolis.

Participação:

- 1º fala = 03:11:40 até 03:31:41; - 2º fala = 05:04:20 até 05:30:00;





Educação em pauta: Nosso racismo ordinário e a luta pela igualdade - com Dr. Daniel Machado da Conceição

 



Encontro com um grande amigo da Escola Técnica FAT, o Prof. Dr. Daniel Machado que falará conosco sobre: Nosso racismo ordinário e a luta pela igualdade.


I Seminário Interno INCT - Reunião da noite

É com alegria que celebramos as quase 130 inscrições no I Seminário Interno do INCT Estudos do Futebol Brasileiro. Nosso Seminário aconteceu no dia 05/10, quinta-feira, em duas sessões: das 14h às 16h e das 18h às 20h.


DISPONÍVEL EM:

Segunda sessão, das 18 às 20h.






Toda vez que o adulto balança

 



Pesquisar e atuar com o esporte na perspectiva da formação é uma oportunidade de aprender, questionar e propor transformações. O esporte educação carrega a aura do amadorismo, significando o ideal olímpico exaltado pelas inúmeras instituições do campo esportivo.

A iniciação esportiva é o momento da apresentação de uma modalidade, sendo o primeiro passo para o desenvolvimento da técnica e habilidade. Por sua vez, a prática institucionalizada em clubes e escolinhas de futebol acaba por elevar o caráter de seriedade da formação.

No caso do futebol, essas instituições começam muito cedo a observar e selecionar as novas promessas de craques da bola. O mercado do futebol estabelece níveis de oportunidades, isto é, os clubes de futebol profissional de maior prestígio da Série A do campeonato brasileiro, são referências na excelência, logo melhores opções para ampliar a chance de ser observado por empresários. Também não podemos esquecer que os jovens atletas, mesmo na iniciação, estão sendo selecionados para viagens internacionais com períodos de testes nos principais clubes de futebol da Europa.

Muito jovens brasileiros e suas famílias estão cada vez mais cedo realizado o percurso intercontinental em busca do sonho da profissionalização e do sucesso financeiro. Esse é um movimento não só de brasileiros, mas crianças do sul global, estão sendo arregimentadas para processos de iniciação e posterior formação na Europa. Assim, cada vez mais cedo os clubes europeus usam como estratégia para fugir da responsabilidade de ter que repassar certa porcentagem financeira ao clube formador nos momentos de venda e transferência quando profissional, além de reduzir drasticamente o investimento em um atleta no final de formação ou já profissionalizado.

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https://ludopedio.org.br/arquibancada/toda-vez-que-o-adulto-balanca/


Uma canção que expressa o nosso racismo ordinário

 



Nas últimas Copas do Mundo de Futebol masculino, 2018 e 2022, o canto “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” deixou de ser a principal canção que embala a torcida brasileira nos estádios de futebol.

A nova música deixou de falar do povo e passou a reconhecer os protagonistas das conquistas nos mundiais de futebol masculino. Tal reconhecimento merece destaque ao apontar o perfil socioeconômico dos torcedores que frequentam essa competição, uma classe afortunada acostumada com os privilégios da branquitude e seu desprezo pelas classes populares.

Entretanto, os privilegiados cantam, dançam e enaltecem jogadores pretos. O trecho da música diz que: “em 58 foi Pelé; 62 foi o Mané; 70 o Esquadrão; 94 Romário e 2002 Fenômeno.” Atletas pretos e pardos, reconhecidos pelo protagonismo de seus feitos futebolísticos, parecendo não questionar a cor da sua pele. Quando contextualizamos o cenário social brasileiro, esse fato é relevante, em razão dos vários discursos legitimadores do racismo expressos em variadas ações discriminatórias.

O mito da democracia racial, um racismo assimilacionista, justifica essa aceitação dos atletas pretos e pardos. No entanto, precisamos destacar que a nova canção é a expressão do racismo ordinário vivenciado no país.

Racismo ordinário, como adjetivo, é assim identificado por fazer parte da ordem do dia, um processo repetitivo, corriqueiro, habitual, regular, que está presente em todos os momentos, naturalizado como algo normal e sem questionamentos. No sentido figurado, é obsceno, mau-caráter e indecente. O racismo se faz ordinário por meio de práticas legitimadas em narrativas históricas, científicas, sociais, culturais, religiosas e políticas, que continuam a dar conformidade às relações pessoais e interpessoais na sociedade brasileira.

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A magia da bola em uma noite de iniciação



Meu filho começou a participar de um projeto de iniciação ao futebol e nossa noite de segunda-feira, agora, é de treinamento. O primeiro dia foi agitado, ou melhor, cheio de ansiedade até o horário marcado, e eu acompanhei seu nervosismo.

Tudo que ele sabe aprendeu com o pai no quintal de casa (meus amigos irão contestar o nível do aprendizado), jogando com colegas na escola, assistindo televisão e até no videogame, observando jogadas e depois procurando imitar.

Ir até o local do treino, envolveu muito medo e receio, sentimentos normais relacionados ao início de uma nova atividade. Sair de casa para jogar bola exigiu, deixar o videogame de lado e pegar a chuteira, meião, calção e camisa, como se diz no Rio Grande do Sul, vestir o fardamento.

Ao entrar no campo, o temor desapareceu, encontrou alguns amigos da sala de aula e, além disso, a bola é encantada, isto é, possui um poder mágico para promover a interação entre estranhos. As diferenças econômica, racial e de idade, desaparecem, enquanto outras começam a ser destacadas e essas estão relacionadas a familiaridade com a bola, condição física, técnica e tática, que mesmo na iniciação esportiva é comum ser reconhecida como “visão de jogo.”

Em nosso caso, a atividade é desinteressada, é uma atividade física para uma criança sedentária. Quando comparo nossas infâncias, a minha teve a rua como um grande playgrand a ser explorado. As brincadeiras e jogos diversos envolviam práticas corporais. Sem contar os espaços que ocupávamos, qualquer terreno baldio em condições mínimas para receber as marcações e traves, quando não praças e outros locais públicos, serviam de campo para imaginação, logo, contribuía para um maior desenvolvimento motor.

Atualmente, as crianças estão restritas ao acesso a quadras fechadas e privadas. Essas, por sua vez, são em sua maioria quadras de grama sintética, piso ou areia. Não são mais de terrão ou gramados irregulares cheios de buracos, poeira e lama. O famoso “morrinho artilheiro” deixou de fazer parte do jargão do futebol infantil. Não posso negar que ainda há gramados ruins mesmo no cenário profissional, mas o morrinho perdeu sua posição, principalmente, na iniciação.

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Vídeo Institucional INCT Estudos de Futebol Brasileiro

 



O Instituto Nacional Ciência e Tecnológica de Estudos de Futebol Brasileiro foi aprovado pela Chamada n° 58/2022, e tem como objetivo principal ser um suporte para uma rede nacional interdisciplinar de pesquisadores, estudiosos e profissionais do futebol brasileiro. O seu Comitê Gestor tem como coordenadora a Profa. Dra. Carmen Rial (UFSC), sendo a Profa. Mariane da Silva Pisani (UFPI) a vice-coordenadora. O Prof. Dr. Luiz Carlos Rigo (UFPEL) e a Profa. Dra. Caroline Soares de Almeida (UFPE) são coordenadores da Coordenação Executiva.

O INCT Estudos de Futebol, possui 4 linhas:

(1) Futebol de mulheres, indígena e LGBTQIA+, coordenação: Wagner Xavier Camargo (UNICAMP) e Caroline Soares de Almeida (UFPE); 

(2) Futebol comunitário e de várzea, coordenação: Mauro Myskiw (UFRGS) e Luis Carlos Rigo (UFPEL), 

(3) Mídias, torcidas e movimentos antirracistas no futebol, coordenação: Antônio Jorge Soares (UFRJ) e Cristiano Mezzaroba (UFES); e, 

(4) Produção e carreiras de futebolistas, coordenação: Silvio Ricardo da Silva (UFOP) e Daniel Machado da Conceição (SME – Florianópolis).

https://www.instagram.com/inctfutebol/




O que representa a Lei da Aprendizagem?

 



A Revolução Industrial transformou a sociedade moderna, impactando principalmente nas relações com o trabalho. Nesse novo cenário social, jovens e crianças trabalhavam em fábricas e indústrias, sem qualquer tipo de proteção, fazendo surgir um tripé de reivindicações pautado na jornada, tempo de escola e condições de trabalho. Sendo incentivo para o debate a respeito desse contingente populacional.

Esse tripé de reivindicações, durante os séculos XIX e XX, orientou discussões sobre o trabalho infantojuvenil, mobilizando o interesse das empresas, famílias e instituições governamentais. À medida que novas áreas do conhecimento se consolidavam, entre elas: pedagogia, psicologia, administração, ergonomia, sociologia e mesmo o direito, com o desenvolvimento das varas da infância, juventude e trabalho etc., acrescentam novas perspectivas e reforçam argumentos.

Os estudos promoveram de maneira contundente impactos que definem uma inversão na hierarquia entre o tempo de trabalho e o de escolarização. Bem como, os efeitos na constituição, formação e desenvolvimento físico corporal infantojuvenil quando exposto a condições insalubres e perigosas no ambiente laboral. As novas informações influenciaram na organização de uma estrutura legal que visa garantir o desenvolvimento físico, emocional e psicológico dos infantes.

Durante a última década do século XX, órgãos internacionais intensificaram a necessidade de elaboração de propostas conjuntas para o cenário que a humanidade estava prestes a enfrentar. No final dos anos 1990, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um desafio, em conjunto com todos os países-membros, que ficou conhecido como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Seu propósito era articular ações que permitissem ter como resultado um mundo melhor para a geração atual e futura.

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https://blogabre.com.br/2023/07/24/o-que-representa-a-lei-da-aprendizagem/

Cultura do narcisismo e a degradação do Esporte em Christopher Lasch

 


O segundo encontro do LECÈF recebe os professores Alexandre Vaz e Daniel Machado para uma conversa sobre a obra "Cultura do Narcisismo", do historiador e crítico social estadunidense, Christopher Lasch.

Apresentação: Neilton de Sousa Ferreira Júnior

Alexandre Vaz é Doutor pela Leibniz Universität Hannover, Alemanha; Professor Titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde atua no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e lidera o Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea; editor dos Cadernos de Formação RBCE e da Poled - Revista de Políticas Educativas. Pesquisador CNPq 1C.

Daniel Machado é Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Ciências Sociais - Licenciatura e Bacharelado pela UFSC. Articulista na coluna "No outro lado da bola" no Portal Ludopédio. Pesquisador associado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (NEPESC/UFSC), participa do Grupo Esporte e Sociedade. Pesquisador na Associação Brasileira sobre Dupla Carreira (ABDC). Membro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT), coordena com o Prof. Dr. Sílvio Ricardo da Silva (UFMG) a linha Produção e Carreira de Futebolistas.




Entre vira-latas e heróis, o racismo no futebol brasileiro

 



Introdução

Nas duas últimas Copas do Mundo de futebol Masculino, 2018 e 2022, o canto “eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor.” deixou de ser a principal canção que embala a torcida brasileira nos estádios de futebol. O sentimento e a expressão dos torcedores podem ter mudado devido ao processo político e social vivenciado no país recentemente, que talvez tenha influenciado a superação do paradoxo, orgulho e amor, cantados na mesma frase para afirmar pertencimento.

A canção que substituiu e está sendo exaltada pela torcida brasileira nos estádios da Copa do Mundo deixou de falar do povo e passou a reconhecer os protagonistas das conquistas nos   mundiais   de   futebol.   Tal   reconhecimento   merece   destaque   ao   apontar   o   perfil socioeconômico dos torcedores que frequentam a Copa do Mundo, uma classe afortunada, acostumada com os privilégios da branquitude e seu desprezo pelas classes populares. 

No entanto, os privilegiados cantam, dançam e enaltecem, jogadores pretos. O trecho da música diz que: “em 58 foi Pelé; 62 foi o Mané; 70 o Esquadrão; 94 Romário e 2002 Fenômeno.” Atletas pretos e pardos, com protagonismo reconhecido sem considerar ou desconsiderar sua cor, isto é, o racismo ordinário vivenciado no país, parece se fazer presente. Conforme Santos (1984, p. 41), “nosso preconceito racial, zelosamente guardado, vem à tona, quase sempre, num momento de competição. (O futebol é um caso mais típico de ‘momento de competição’).”

O racismo ordinário como adjetivo é assim identificado por fazer parte da ordem do dia, um processo repetitivo, corriqueiro, habitual, regular que está presente em todos os momentos, naturalizado como algo normal e sem questionamentos, pois, como nação, nosso sentimento antirracista está ainda em construção. No sentido figurado, é obsceno, mau-caráter e indecente. O racismo se faz ordinário por meio de práticas legitimadas em narrativas históricas, científicas, sociais, culturais, religiosas e políticas, que continuam a dar conformidade às relações pessoais e interpessoais na sociedade brasileira.

Os heróis de hoje, cantados em alto brado nos estádios de futebol, são representantes da brasilidade que deu certo nos gramados da bola.  Mas, nem sempre foi assim, a trajetória da inserção de pessoas pretas na modalidade exigiu resiliência, insistência e resistência. “O futebol aportou por aqui elitista e racista, cheio de nove-horas e de não me toques, prática proibida para pretos, mulatos e brancos pobres.  

Durou décadas até chegar ao povo e engrandecer-se” (MILAN,  2014, p.  139). Durante o século XX, nas primeiras décadas, os pretos estavam excluídos do futebol, o ideal do amadorismo destaca a prática desinteressada, viver do esporte era sua corrupção.

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https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/6161



Apresentação Dossiê “Racismos: Corpos, políticas, cidades, poderes e dominações em tempos de ódios” (2023)

 


Organizadores:
Daniel Machado da Conceição
Hélen Rejane Silva Maciel Diogo
Jefferson Virgílio


É com muito prazer que apresentamos o dossiê  com os textos componentes deste número da revista Captura Críptica. O dossiê conta com um total de vinte e três publicações, entre artigos científicos, resenhas, uma entrevista, uma tradução e uma carta, além de uma lista de verbetes que consideramos saudável para fomentar discussões e ações futuras. O dossiê foi organizado principalmente entre um trabalho coletivo de seis mãos, mas não seria possível sem as dezenas de pareceristas, autores e autoras, além da enorme disponibilidade de Leonardo Teixeira, editor-chefe da revista, que sempre ao longo de trocas de mensagens, pedidos de parecer e atualizações sobre os andamentos dos encaminhamentos nos auxiliou para tornar o trabalho concluído. A edição conta ainda com produções do artista Afrokalípticoque nos brinda com algumas de suas artes na capa da edição e ao longo do dossiê.

Antes de apresentar, muito resumidamente, cada um dos materiais que compõem este número, pensamos em introduzir aos leitores e às leitoras sobre a escolha da temática e sobre o título deste dossiê. 

Compreendemos que no cenário nacional, desde muito antes da nossa constituição, e infelizmente, quase cinco décadas após a sua promulgação, em praticamente toda a história das invasões de corpos terceiros no atual território brasileiro o racismo foi incluído como projeto que inviabilize o país como uma nação próspera. 

Quando as primeiras armadas chegaram nas Américas, já tendo legitimidade externa para usurpar territórios - e corpos - terceiros, o racismo aqui se instalou sob os auspícios da igreja católica e das grandes monarquias e economias do globo.  Esta particular forma de contato, destrutivo e explorador, trouxe ao longo de mais de cinco séculos relevantes danos para todo o corpo autóctone que aqui se encontrava e para todos aqueles e aquelas que em algum grau são descendentes naturais destes e que lutam para sobreviver até os dias de hoje. O direito esteve presente em praticamente todos os atos que legitimam os atos de extermínio, de exploração e de roubo que foram realizados em nosso país desde então. 

Um outro conjunto de corpos, pretos, foram levados  à  diáspora pelo mecanismo da exploração comercial de corpos terceiros, popularmente conhecida como escravidão. Ainda que a disciplina histórica alardeie pouco mais de três séculos como o período de existência da escravidão negra em terras brasileiras, sabemos que há registos que se mantém até a atualidade, não curiosamente também projetados contra corpos de pessoas pretas. Na atualidade, inclusive, as novas formas de escravidão podem assumir facetas menos escancaradas, como o célebre quartinho de dormir da empregada, o caseiro do sítio ou mesmo a exploração de menores de idade para o turismo sexual nas regiões norte e nordeste do país. Novamente, o direito esteve presente, legitimando, cada um dos momentos históricos em que diferentes formas de discriminação de corpos negros se manifestaram no território nacional.

Estes dois conjuntos de corpos não estão sozinhos, mesmo na atualidade. Sabemos de situações análogas contra outras populações etnicamente marcadas, como as populações ciganas, o grande conglomerado populacional que o IBGE insiste em chamar de pardos, assim como mais recentemente os imigrantes que buscaram refúgio neste país vindo de países como a Venezuela, o Haiti, entre inúmeros outros países, notadamente dos continentes do sul do mundo: América Latina, Ásia e África. Curiosamente não temos uma grande leva de imigrantes da região norte, com exceção talvez de oriundos da Ucrânia, com conhecidos episódios de racismo, classismo e sexismo provocados por um parlamentar nacional no além-mar.

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Vinícius Júnior, o racismo entre bode expiatório e antropofagia


Interessante refletir sobre o racismo e suas inúmeras maneiras de aparição. No Brasil, o racismo estrutural se faz ordinário, afetando relações pessoais e interpessoais. No esporte sua evidência está marcada na figura do bode expiatório, atletas que participaram da Copa do Mundo de Futebol e foram culpados pelo fracasso. O mais conhecido deles é o goleiro Barbosa, outros também fazem parte desse grupo, em sua maioria atletas pretos.

A justificativa aponta para uma fraqueza pessoal, seja ela física, emocional, intelectual ou técnica, podem estar separadas ou todas juntas diagnosticando a incompetência, não só profissional, mas também pessoal do atleta. As ofensas racistas são a externalização de um ato de expurgo idealizado como necessário para que o ocorrido não volte acontecer. Culpar alguém aplaca a frustração que o pecado da derrota promoveu.

A relação racista e racializada está no fato de geralmente serem os atletas negros escolhidos como bode expiatório. Sua vida, pessoal e profissional, é alçada ao cenário principal para justificar o injustificável, mas que ameniza a dor coletiva ao direcionar o sofrimento sacrificial a outro.

No entanto, a relação racismo e bode expiatório parece fácil conjugar, o desafio está quando atletas bem-sucedidos pessoal e profissionalmente, são xingados e bestializados pelos torcedores, entre eles no cenário internacional temos Romelu Lukaku, Mario Balotelli e, atualmente, o principal alvo da barbárie civilizatória é Vini Júnior. 

Jogadores alegres, diferenciados em campo e que se posicionam frente às injustiça. São homens pretos de sucesso, com uma trajetória de mobilidade social possibilitada pelo esporte. Especialmente, Vini Júnior, que está no Real Madrid, clube de maior prestígio internacional, mantém uma rotina regrada demonstrando muito profissionalismo, dedica atenção na busca pela excelência e fora dos holofotes das arenas esportivas não figura nas páginas sociais ou de fofocas. Sempre é arriscado usar a expressão, mas o Vinícius é um “bom moço.”

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A RESPONSABILIDADE DO ESTADO NO COMBATE AO RACISMO ESTRUTURAL



HOJE será dia de conversarmos sobre um assunto muito atual, o racismo estrutural e seus danos à sociedade.

Receberemos em nosso canal, Daniel da Conceição, Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), linha de pesquisa Sociologia e História da Educação. Graduação em Ciências Sociais - Licenciatura e Bacharelado pela UFSC.


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A falta de utopias dá espaço para uma pessoa MÁ e um CACO

 


Uma coisa tenho que concordar com as pessoas, o mundo está muito chato. Está difícil manter amizades, frequentar alguns espaços, comprar mercadorias e serviços sem questionar a índole dos indivíduos e das organizações. As relações não estão apenas líquidas como evaporaram em meio ao avanço de ideologias excludentes, nefastas e mortíferas. Isso acontece porque o fascismo da extrema-direita voltou a ganhar espaço, seus adeptos disseminam ignorância que infecta a sociedade com ódio e rancor.

Um discurso raso que não agrega e apenas excluiu, passou a ocupar o lugar das antigas utopias. Contrário aos sonhos de uma terra prometida, o atrativo do discurso fascista está no fato de ser concreto e direto, isto é, eu sou bom, o outro é mau. Eu sou “bem-nascido” no meu país e o outro é estrangeiro. Eu sou superior, o outro por sua vez é inferior e nem deveria existir.

Os xingamentos e as agressões físicas são manifestações da violência, expressão da chatice que inebria a sociedade. No passado as chamadas piadinhas e brincadeiras eram corriqueiras pelo desconhecimento do que era considerado uma ofensa. Com a maior civilidade e sensibilidade sobre as palavras, tais expressões e comportamentos tornam o mundo chato, pois, continuamos ouvindo adjetivações que indicam a repetição de erros, com o agravante de sabermos suas consequências.

O mundo está chato, porque as pessoas ficaram chatas, sem utopias e sem desejo de participar de uma coletividade. Parece que a frase: jamais fomos modernos; faz muito sentido. Essa chatice significa que perdemos nossos sonhos, dando espaço para exaltação da pessoa MÁ e um CACO. Que mundo maçante em que a ignorância é valorizada, a agressão é comemorada, a ameaça significa coragem, impunidade é dom divino, e, hipocrisia passou a ser moralidade. Realmente, a sociedade está chata!

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/a-falta-de-utopias-da-espaco-para-uma-pessoa-ma-e-um-caco/


A Importância da Educação Profissional - Fundação FAT


Cursos técnicos: fazer ou não fazer? Por onde começar? Participe do webinar da Escola Técnica FAT e entenda como o ensino técnico profissional pode ajudá-lo a alavancar sua carreira.

Professores Daniel Nascimento e Daniel Machado da Conceição.