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Pinóquio do novo século: a socialização profissional necessária à transformação da “marionete” em “menino de verdade”

 


Palavras-chave: Ética de Trabalho, Jovem Aprendiz, Mercado de Trabalho, Processo Civilizador, Socialização Profissional.

Resumo

A sociedade industrial utilizou inúmeros dispositivos para criar um mundo novo. Um dos instrumentos utilizado como veículo para propagar a nova ideologia foram as histórias e contos infantis. Ao refletir sobre sua importância na formação de um imaginário que professa a idealização de um caráter formador de ações e atitudes. A proposta do ensaio procura articular reflexões da Sociologia do Trabalho e da Sociologia das Profissões, elaborando uma analogia com o livro “As aventuras de Pinóquio” do autor Carlo Collodi (2014). A pergunta que norteia o ensaio propõe discutir: o que é necessário para que o jovem deixe de ser reconhecido como “marionete” e seja aceito como “menino de verdade”? No processo de socialização profissional, o jovem aprendiz deve incorporar os valores aceitos pelo mercado de trabalho. Valores estes que passam por uma ética pelo trabalho e recebem destaque como características potenciais de sua empregabilidade. As aventuras do boneco de madeira e a relação com vários personagens permite identificar ações formativas que são valorizadas e devem ser externalizadas durante o itinerário formativo na aprendizagem.

DISPONÍVEL EM: https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/37806






DOSSIÊ - JUVENTUDES E CAMPO DE POSSIBILIDADES: UMA APRESENTAÇÃO

 


Palavras-chave: Juvetude, Campos de Possibilidade.

Resumo: Apresentação Dossiê Juventude e Campo de Possibilidades.


DISPONÍVEL EM: https://periodicos.ufjf.br/index.php/csonline/article/view/39810






O acúmulo de uma herança invisível – resenha do livro Os herdeiros, de Bourdieu e Passeron (2014)

 


A  palavra  herdeiro,  no  Código  Civil  brasileiro,  possibilita  identificar  dois  tipos  ou espécies:  herdeiros  legítimos  e  testamentários.  Do  latim, hereditarius significa  que  a  pessoa recebe  algo  ou  é  alvo  do  efeito  de  uma  determinada  situação,  ou  seja,  é  aquele  que  sucede alguém que morreu, recebendo seus bens. A herança também pode significar o aprendizado de uma  tradição,  arte  ou  ciência, proporcionando  a continuidade do  que  foi  transmitido para  as gerações que se seguem. 

O livro Os herdeiros(2014) destaca essa relação e apresenta as categorias incipientes que consolidariam os futuros trabalhos do sociólogo Pierre Bourdieu. Nesta obra em parceria com Jean-Claude Passeron, os termos campo, habitus, dominação masculina, poder simbólico e reprodução ainda não se constituem como categorias, mas eles são facilmente observados na maneira com que os autores descrevem os dados e no desvelamento do objeto de estudo. Escrito em 1964, o livro é anterior às obras A reprodução(1970), Homo academicus (1984) e A nobreza de Estado(1989), este último ainda não traduzido para o português. 

A obra está dividida em três capítulos: “A escolha dos eleitos”; “Jogos sérios e jogos de seriedade”; “Aprendizes ou aprendizes de feiticeiro?”, todos os títulos muito apropriados. Também  encontramos  uma  conclusão  e  apêndices  com  os  gráficos  e  tabelas  dos  dados empíricos retirados de um conjunto de enquetes realizadas nos quadros do Centro de Sociologia Europeia. Na recente tradução para o português, feita por Ione Valle, consta ainda uma breve apresentação da obra.

Os autores dialogam com Karl Marx ao utilizar o conceito de dominação como forma relacional  no  jogo  das  disposições  sociais  de  classes,  e  ao  acionar  a  categoria capital. O sociólogo Émile Durkheim, por sua vez, auxilia os autores a pensarem na perspectiva crítica a ilusão   irrealista   de   toda   reforma   educacional   construída   sobre   bases,   exclusivamente, psicológicas,  além  de  questionar  o  ideal  de  homogeneidade,  o  qual  a  escola  seria  capaz  de produzir. Já Max Weber contribui com a descrição do tipo ideal de estudante, apresentado no capítulo três, e com as questões do poder carismático na relação entre professor e aluno. 

O objetivo dos autores foi desvelar as relações presentes no sistema de ensino francês. O  livro  se  constituiu  como  um  relatório  de  pesquisa  e  expõe  em  suas  linhas  resultados  que apresentam  como  o  estudante  de  classe  mais  favorecida  constrói  sua  trajetória  escolar  de maneira mais fácil que o estudante de classe menos favorecida.

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CONTINUAR LENDO EM:

https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5743

https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/capturacriptica/article/view/5743/4950




Atuação como Professor de História 2022 - rede municipal de Florianópolis/SC

 


Educa Floripa 17.11.2022

 


Programa Educa Floripa 17.11.22

Entrevista com o Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição, sobre ações afirmativas e Lei da Aprendizagem.



O aumento de casos de racismo no Brasil - Projeto Fala Preto

 


Projeto Fala Preto 

O aumento de casos de racismo no Brasil

Hoje teremos a honra de receber nosso amigo Daniel Conceição, onde iremos discutir sobre a importância de tratarmos da questão do racismo, antes velado e que hoje encontra terreno fértil para ser cultivado.

Doutor em Educação, Mestre em Educação e Cientista Social pela UFSC. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (NEPESC/CED/UFSC.


ASSISTIR EM:

https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=862460911416362






Processos educativos em Os Trapalhões

 


No ano de 1988, a escola de samba Unidos do Cabuçu do Rio de Janeiro/RJ, criou um samba enredo em homenagem aos Trapalhões. A letra dizia que “Didi, Dedê, Mussum e Zacarias, seu mundo é encanto e magia.”

Em minha infância na década de 1980 e adolescência nos anos 1990 foram embaladas por essa melodia humorística. Os domingos a noite ou em posteriores inserções na programação semanal da principal rede de televisão do país, as brincadeiras e piadas que envolviam o quarteto eram produzidas e reproduzidas à exaustão. Os principais bordões dos personagens deixavam as telas da televisão e invadiam as conversas nos diversos espaços públicos e privados.

Cada personagem era estereotipado, Dedê representava o homem branco que aproveitava o privilégio da branquitude, um galã, mas por ser o oposto da virilidade masculina sua sexualidade ficava sob suspeita, motivo de muitas piadas da trupe. Didi era paradoxal, um homem nordestino que representava milhões de brasileiros humildes que sacrificavam suas vidas em busca da tão sonhada mobilidade social, porém, também era exemplo da malandragem cultuada pela capacidade de improvisar, evitar o trabalho e no final sempre se dar bem.

Zacarias era um homem do interior, emotivo, medroso, desajeitado, inseguro e de fala estridente, devido a sua aparência muitas piadas lhe eram direcionadas. Mussum, o homem negro estereotipado com características de força física, beberão, mulherengo, apaixonado por futebol e samba, além de ser avesso ao trabalho.

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/processos-educativos-em-os-trapalhoes/





Uma escolha paradoxal

 


Os estudantes, pós-isolamento social, estão enfrentando dificuldades pela quebra de linearidade no processo de socialização que experimentaram. As regras de sociabilidade aprendidas são frágeis, e a ausência de uma maior vivência coletiva impediu o desenvolvimento de empatia.

O isolamento social apenas agravou uma situação em que a individualização da sociedade e o uso excessivo dos dispositivos móveis impactam na maneira de se relacionar com o outro. Soma-se à meritocracia, que intensifica a competição; a necessidade de comparação constante com os outros; o agorismo das respostas rápidas e curtas; o desejo de recompensa imediata; e o sentimento de ter sempre uma satisfação plena.

Esse novo cenário social que as juventudes estão enfrentando resulta no aumento do número de síndromes emocionais (depressão, estresse e ansiedade), além de descaracterizar a maneira de viver coletivamente, afetando sua forma e conteúdo (SIMMEL, 1983). Uma consequência é o tempo que os professores estão dedicando em suas aulas para dar orientações sobre regras de convívio e resolução de conflitos. O ensino do conteúdo programático que deveria gerar aprendizado e, por fim, resultar na autonomia do sujeito. Está sendo perdido pelas longas intervenções para reprimendas, orientações, conselhos e mesmo punições.

Muitos estudantes não percebem que os passeios fora da escola, jogos, dinâmicas e atividades em grupo (mesmo em duplas) estão sendo reduzidos em razão do alvoroço, desrespeito, desorganização e preguiça em atender a proposta do professor. Uma sugestão elaborada como capaz de mitigar essa realidade é aplicar no Ensino Fundamental e o Médio uma prática muito comum e necessária na Educação Infantil, a semana de adaptação. Parece deslocada essa sugestão, mas, no retorno das aulas, a primeira semana deveria servir para articulação dos profissionais no desenvolvimento de atividades que despertem e enfatizem as regras de sociabilidade para uma melhor coletividade.

A escola precisa proporcionar um espaço de conversa aberta, autoavaliação e dinâmicas de grupo, visando proporcionar maior conhecimento sobre o outro e por fim gerar empatia. Todos precisam se envolver ou continuaremos durante o ano letivo com uma resposta pronta que diz: o problema é o professor ou o componente curricular que não agrada à turma.

Atuando como professor de História nos anos finais na rede municipal de educação de Florianópolis, tenho a oportunidade de estar com três turmas de sexto ano. A relação é agradável, em alguns momentos você pensa: o que estou fazendo aqui? Conflitos, picuinhas, ciúmes, inveja, egoísmo, palavrões, xingamentos e muita maldade entre os estudantes. Em outros, a satisfação de ensinar e perceber o aprendizado acontecer é algo extraordinário. Sem contar os abraços, frases de carinho, desenhos dos estudantes retratando o professor e os sorrisos. Ah, os sorrisos! Não é apenas o reconhecimento, é aquilo que afeta a autoestima de qualquer profissional, a realização pessoal.

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/uma-escolha-paradoxal/



CBN MARINGÁ/PR - ENTREVISTA | DANIEL MACHADO (05/10/2022) #NOARNACBN

 


CBN Maringá

Entrevista com Daniel Machado da Conceição, coordenador educacional do Instituto Abre

Tema: Estágio e jovem aprendiz.

DISPONÍVEL EM:






Questões raciais: reflexões no campo educacional e esportivo

 


Ao iniciar essa conversa, quero dizer que estou realizando nos últimos anos a minha própria desconstrução, tenho procurado aprender e compreender sobre minha identidade e ancestralidade. Um processo que passa pelo reconhecimento e valorização, um exercício que se faz constante, só o debate pode desvelar as práticas naturalizadas e como gosto de dizer remover os constrangimentos.

Quando falo constrangimento, recordo da fala de um colega professor que fez o convite para que com outros dois colegas (uma professora e um professor também negros) participássemos de uma conversa sobre racismo. Realizamos uma reunião de preparação/organização e logo no início o organizador, disse: – professores, estou constrangido, não sei como falar com vocês! A preocupação dele era genuína, ele queria proporcionar um ambiente agradável, uma conversa prazerosa, mas naquele instante percebeu estar desconfortável. O constrangimento estava silenciando-o, logo, conseguiu perceber e estender essa situação para a sala de aula, identificou que quando realizava debates sobre o tema racismo, o constrangimento promove um silêncio que impede aprofundar inúmeras questões.

Abrir a conversa com este relato faz refletir a respeito da formação dos professores, ponderando, a partir do título, sobre o campo educacional e Educação Física. Não quero me alongar a respeito do papel da escola, acredito que compreendemos sua função na sociedade moderna.

A escola não está fora da sociedade, portanto os valores culturais podem ser observados durante os processos sociais de interação dos indivíduos. Questões como racismo, gênero, diferenças corporais e de inclusão (capacitismo), são vivenciadas de maneira brutal e violenta na escola e na disciplina/componente curricular Educação Física. Estas questões são importantes, pois, podem ser observadas por ações como: palavras, comportamentos, invisibilidades, risadas etc.

A conversa sobre questões raciais não deve estar restrita apenas a escuta da população negra. Um esforço de luta contra o racismo não basta, como alardeado por Ângela Davis precisamos ser antirracistas, nesse caso é um movimento de desconstrução pessoal, pois, antecipo, transformo, faço meu ensimesmamento visando rever posturas que não devem continuar se repetindo.

O preconceito é um empecilho, pois, a partir de pré-noções, pré-conceitos ou opiniões, tomamos decisões e julgamos o outro de maneira desfavorável. Com base em estigmas, marcadores que identificamos na aparência do outro, os estereótipos, agimos com maior ou menor sociabilidade. Oracy Nogueira nos ajuda entender que no Brasil a cor da pele e os traços corporais negroides, são definidores do preconceito de marca.

Os preconceitos encarados como modelos mentais nos conduzem a uma segunda expressão, discriminação, o ato ou ação de discriminar. O efeito é a separação, segregação e distinção dos indivíduos, atribuindo que alguns são melhores e iguais, outros, piores e diferentes. No contemporâneo, uma nova palavra acompanha nosso cotidiano, a injúria. Nesse caso, destacamos a injustiça, aquilo que é contrário ao direito. Se com base em preconceito realizo atos discriminatórios estou atacando o direito do outro, o principal deles, sua condição de humano.

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https://ludopedio.org.br/arquibancada/questoes-raciais-reflexoes-no-campo-educacional-e-esportivo/



Ações afirmativas e uma trajetória antes, durante e depois



Quem é o Daniel que escreve essas linhas? Ele é natural de Pelotas/RS, homem preto, morador de Florianópolis há pelo menos 23 anos, casado, com duas filhas e um filho. Realizou atividades profissionais na função de assistente administrativo, almoxarife, auxiliar de depósito, vendedor, motorista entregador. Também foi assistente administrativo na Secretaria Municipal de Saúde e agente de pesquisa na agência do IBGE em Florianópolis/SC. Nos períodos de desemprego, na condição de informalidade trabalhou como pintor, servente de pedreiro, entrevistador de pesquisa de opinião e segurança de eventos.

Em 2008, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou o seu primeiro vestibular com ações afirmativas. O Daniel foi aprovado no curso de Ciências Sociais e a partir da sua inserção no Ensino Superior tornou-se professor, educador, pesquisador, coordenador educacional e consultor. Destacar essa trajetória não é com propósito de vanglória pessoal, nem servir de modelo meritocrático ou crítica pela oportunidade tardia. Talvez o sentimento envolva todas as hipóteses ou nenhuma delas! O primeiro objetivo é afirmar que, por meio da educação, podemos transformar vidas. Quebrar correntes que impedem ou limitam a construção dos projetos pessoais, sejam eles: escolar, carreira e vida. A educação é uma possibilidade de romper com o círculo vicioso da pobreza. Não quero parecer inocente ao realizar essa afirmação, não desconsidero que a escola é excludente, ela seleciona os mais aptos e a inflação dos diplomas provoca redução nos salários.

As transformações que a educação possibilita são reais. Falo de um homem negro, em uma sociedade de estrutura racista que atribui a determinados grupos populacionais posições específicas na divisão social do trabalho. Com a escolarização inicial, o Daniel realizou atividades subalternas sem grande prestígio social, ao avançar para um novo nível estava apto para atividades de média complexidade, logo, com a formação superior lhe é permitido estar em outra sala, acessar outros espaços, conhecimentos e saberes. Que movimento espetacular!

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/acoes-afirmativas-e-uma-trajetoria-antes-durante-e-depois/

UMA TRAJETÓRIA FEMININA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: TÁTICA E AGÊNCIA

 


RESUMO

Questões de gênero, heteronormatividades e o machismo estrutural ainda estão arraigadas a comportamentos e atitudes que causam sofrimento ou exigem grande resiliência das mulheres. Se faz necessário ponderar sobre a inserção feminina no Ensino Técnico e Profissionalizante, discutindo desafios, resistências e táticas para efetivação de uma carreira profissional. Partindo de uma entrevista realizada de forma virtual com uma egressa da Escola Técnica Federal de Santa Catarina, da década de 1980, apresentamos sua trajetória de estudante, e pretendemos responder com esse trabalho: como a realização da formação Técnico em Mecânica para uma mulher significa uma ruptura do destino esperado? Sua trajetória é relevante para discutir os valores de feminilidade durante sua infância e juventude, os quais em certa medida são questionados ao escolher o curso de formação Técnico em Mecânica.

Palavras-chave: Agência. Educação técnico profissional. Mulheres. Tática.


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https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/6356

https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/6356/2395





Entre mascotes e totens, apenas uma marca

 



Mesmo para aqueles que não acompanham futebol, como no caso de um dos autores, acabamos recebendo informações por familiares e amigos. Somos informados sobre os últimos acontecimentos no mundo da bola e o seu outro lado através deles que acompanham com maior destreza o ritmo das informações nas redes sociais.

Algo compartilhado por eles foi a descoberta em uma das redes sociais do canal FutParódias no Youtube. A criatividade da equipe que mantém o canal é extraordinária e vale o elogio. Entre as muitas paródias, uma dedica atenção às mascotes dos clubes de futebol, e serve de estímulo para escrever sobre um outro lado da bola.

A expressão mascote tem origem na língua francesa, na palavra “mascotte”. Seu significado carrega felicidade, capacidade de produzir sorte ou afastar os maus espíritos, marca de pertencimento e indica identidade coletiva. Em geral, são pessoas, animais ou coisas que são humanizadas, destacando virtudes associadas ao grupo. As mascotes são um fenômeno da imaginação, um símbolo, um ícone de referência para o coletivo, para os seus e para outros.

A figura da mascote nas equipes esportivas acontece de maneira mais sistemática nos Estados Unidos. O apelo comercial voltado para o consumo serve de incentivo para criação dos símbolos de reconhecimento e valorização, estes marcam um lugar e estampam os mais variados produtos.

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https://ludopedio.org.br/arquibancada/entre-mascotes-e-totens-apenas-uma-marca/

LÁGRIMAS, SANGUE, LEITE, SUOR, SALIVA E SÊMEN: FLUIDOS DO CORPO NEGRO QUE MOVEM O MOTOR CHAMADO BRASIL

 


Resumo:

O texto apresenta reflexões oriundas de estudos sobre relações raciais e racialização desenvolvidos na última década pelo autor. O método histórico foi utilizado em uma pesquisa de caráter exploratório que identifica representações do corpo negro na sociedade brasileira. O objetivo foi perceber os fluidos produzidos por esse corpo - sangue, suor, lágrima, leite, saliva e sêmen - os quais contam a história de uma diáspora. A analogia do país como um motor será empregada para dar significado aos fluidos do corpo negro, utilizados para mover as engrenagens do desenvolvimento brasileiro. O resultado permite desvelar, a partir desses fluidos, um processo estrutural que se perpetua com o tempo, ganhando sempre novos sentidos e ressignificações. Os fluidos, portanto, expressam um lugar na hierarquia social atribuído à população negra no Brasil.

Palavras-chave: 

Corpo negro, Escravização, Fluídos, Racismo.


ACESSO EM:

https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/Poiesis/article/view/12708/10317

https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/Poiesis/article/view/12708



Violência no futebol: quem é o culpado? (parte I)

 



Procurar os culpados pela violência no futebol nos faz pensar sobre a participação dos próprios jogadores. O desempenho durante a partida, envolve o antes e o depois, afeta a emoção dos torcedores fora de campo, o que permite comparar o futebol como um concerto. Uma grande orquestra, os torcedores são os músicos e os jogadores estão na condição de maestros do espetáculo.

Ao lado das quatro linhas o torcedor reproduz o que vê em campo. As muitas brigas, xingamentos e ameaças entre atletas, usadas para desestabilizar o adversário, inflamam animosidades do lado de fora do gramado e que não ficam restritas ao período da partida.  

O torcedor na arquibancada acompanha seu maestro com atenção, respondendo a cada indicação da nota mais aguda ou grave, principalmente quando essa é expressa através do comportamento agressivo e ríspido contra outro companheiro de trabalho.

A importância da regência dos jogadores é reconhecida na frase: “vocês da imprensa”. Proferida para se referir aos profissionais da mídia esportiva – virou até nome de podcast esportivo[1] – e provoca uma manipulação obducta, pois, os profissionais do futebol sabem que agindo assim promovem o engajamento em suas redes sociais e deixam de assumir sua responsabilidade.

O que perguntamos de maneira repetida, é: vai acabar a violência no futebol? Presumivelmente, não! Para acabar a violência no futebol, há necessidade de a sociedade deixar de ser violenta, uma utopia. Entretanto, lutamos para fazê-la diminuir, pois, como espaço de confraternização a cólera não é condizente.

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https://ludopedio.org.br/arquibancada/violencia-no-futebol-quem-e-o-culpado-parte-i/





O quanto eles sabem para nossa atualidade

 




Os pensadores Comenius (1592-1670) e Rousseau (1712-1778) são dois grandes intelectuais que dedicaram atenção à educação. As propostas idealizadas por ambos são objeto de estudo nos cursos de formação de professores e não é sem motivo que isso acontece, afinal suas reflexões permanecem atemporais, pois falam sobre a importância da educação, como realizá-la e o resultado esperado.

Suas propostas permanecem relevantes, pois, um dos maiores desafios na sociedade contemporânea é identificar, qual o processo mais eficiente para formação das novas gerações? Os modelos de ensino são variados, utilizam metodologias que prometem conduzir crianças e jovens pelo caminho que leva ao mundo adulto, isto é, um lugar que remete à aquisição de responsabilidade, compromisso, amadurecimento, dedicação e orientado pela ética do trabalho.

As instituições de ensino aparecem com o papel de extrema importância para transmissão dos valores aceitos e reconhecidos. Realizar uma formação voltada para aquisição de habilidades, competências e atitudes, que significam a internalização de uma certa socialização, não é uma atividade simples, pois, as exigências tendem a não considerar o handcap dos indivíduos.

Articular dois autores, Comenius e Rousseau, com contexto de vida e propostas, embora, distantes devido ao período histórico, permite observar possíveis pontos de divergência e de aproximação que podem ser orientados para ajudar a entender o ambiente da formação, com o cuidado de não promover o anacronismo.

Comenius e Rousseau, na atualidade, ajudam a perceber o dilema que há sobre a decisão do tipo de formação. Suas ideias estão pautadas na condição da criança em relação ao aprendizado e, consequentemente, do “homem” durante sua sociabilidade.

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/o-quanto-eles-sabem-para-nossa-atualidade/





Apresentação - A socialização secundária: uma conciliação entre escola e trabalho.

 Semana PIBID IFSul-rio-grandense.

Apresentação - A socialização secundária: uma conciliação entre escola e trabalho.

Obrigado professora Márcia Rostas e coordenadores do Projeto PIBID IFSul. 


Movimento Resiste, PIBID em luta!











Escola, bolinhas de papel e cidadania

 


O exercício da docência, isto é, estar em sala de aula com as novas gerações é um momento único para perceber as tensões de uma sociedade em contínua transformação. O processo de socialização secundária é papel da escola, assim como seus conteúdos e as regras de sociabilidade que deveriam culminar com o desenvolvimento de uma maior cidadania, privilegiando a razão, exaltação do ideal iluminista.

Na sociedade contemporânea pensar o papel da escola, seu propósito na transmissão dos valores e conhecimentos, é algo indiscutível e primordial. Indiscutível por ser a instituição que faz a mediação da nova geração com a sociedade, e primordial como necessidade para não perder a condição de instituição socializadora. Os vários interesses que envolvem o controle da escola (educação) e, especialmente, seu currículo, apontam para sua importância estratégica na construção do modelo de sociedade futura.

A cidadania é expressão que não apenas significa direito e reconhecimento civil, descreve também deveres para manutenção da vida coletiva. No entanto, a sociedade da liberdade, igualdade e ‘pouca’ fraternidade, enfatiza mais os direitos pessoais deturpando boa parte do processo que culmina com aquilo que se deseja combater, uma desenfreada aquisição e manutenção de privilégios.

No exercício da cidadania, sempre que pedimos um exemplo, a imagem do jogar papel no chão é uma das primeiras indicações. Na escola em alguns momentos é surpreendente, pois, a bolinha de papel é seu correlato e perceber a sujeira no chão das salas de aula significa identificar um descompasso.

Minha percepção quando encontro papel no chão, as referidas bolinhas, percebo que como educador e como instituição escolar, erramos. Uma falha que para alguns pode ser relevada, justificada na afirmação de que a sociedade sempre foi assim, uma Síndrome de Gabriela como na música “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi. Outros, alegam a irreverência da sociedade contemporânea que não estipula limites ou ainda que a desestruturação das instituições, entre elas a escola, é a causa das mazelas do mundo.

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Webinar Educação Profissional e seu importante Papel para a Retomada da Economia

 


Fundação FAT

Participe do novo ciclo de webinars da Escola Técnica FAT e entenda como o ensino técnico e profissionalizante pode alavancar a carreira de jovens e adultos, ampliando horizontes no mercado de trabalho. O primeiro tema é: “Educação Profissional e seu importante Papel para a Retomada da Economia e Aumento da Empregabilidade.”








Antivacina e alto rendimento esportivo, uma falácia sem sustentação

 



A polêmica sobre a aplicação da vacina contra COVID-19 tem gerado no mundo e, especialmente no Brasil, um debate escandaloso. A cultura da imunização vacinal em nosso país foi conquistada com muito empenho e organização. Nas primeiras horas de vida o infante é apresentado às picadas de agulhas, as quais se seguirão por meses e anos, conforme o calendário de vacinação, protegendo o organismo de vários vírus e bactérias.

Muitas crianças são protegidas e salvas das enfermidades que poderiam deixar sequelas graves, inclusive, eu, meus filhos e provavelmente você que lê este texto, também. Quando uma vacina foi esquecida ou no reaparecimento de uma doença, realizamos nova aplicação: foi assim que aprendemos e era assim que agíamos, sem nenhuma polêmica desnecessária. Ao organizarmos uma viagem dentro ou fora do país, é preciso se certificar que as vacinas estão em dia, procedimento comum como no exemplo da imunização contra febre-amarela (a depender do nosso país de destino, geralmente países tropicais).

O desenvolvimento das vacinas é um avanço da ciência e das tecnologias à ela relacionadas. O paradoxo do cientificismo é ser encarado como outra fé, mas que enfrentou sempre ceticismo que nega crer no que vê. Dúvidas e questionamentos estiveram presentes nas mais variadas descobertas, como na constatação da importância da lavagem das mãos para realização de procedimentos cirúrgicos. Resistências sempre existiram, e em sua grande maioria, em razão de desconhecimento e petulância.

Em um passado não muito distante o movimento antivacina procurava destacar a pertinência do tratamento terapêutico como alternativo, além de questionar a mercantilização da cura. Não se pode negar que o argumento possuía e possui fundamento, pois, no mundo capitalista, a cura é um negócio lucrativo. A guerra entre marcas e patentes é uma triste constatação dessa verdade. Algo do movimento antivacina ‘raiz’ diz respeito à intervenção científica como negócio e não à negação da existência de doenças, pregam uma alternativa à cura, no seu formato “mais natural”.

A ciência tem contribuído para transformação da sociedade e da humanidade, seus efeitos podem ser observados em muitas áreas e profissões, nossa maior longevidade atesta sua importância. No esporte não é diferente: podemos identificar que o desenvolvimento das muitas modalidades passa pela intervenção científica ou técnica, ações no corpo, sejam dentro ou fora dele. Poderíamos arriscar afirmar que o esporte moderno configura-se como manifestação da ciência, técnicas e tecnologias em seu formato corporal, quando o alto desempenho nos “enfeitiça” em relação às possibilidades que o corpo pode chegar.

Dentro do corpo o destaque está na nutrição, na medicina, fisiologia, nos aspectos biomecânicos e psicológicos etc., e fora dele, na educação física, ergonomia, mecânica, engenharia etc. O esporte, enquanto veículo ideológico da modernidade, representa a eficiência da técnica para superação da natureza interna ou externa, isto é, desenvolvimento científico que se manifesta explicitamente na dimensão corporal.

O corpo que serve de referência é um corpo atlético, dos atletas de alto rendimento. O professor e pesquisador Fernando Bitencourt (IFSC), no livro “O ciborgue e o futebol: corpo, biopoder e illusio no reino do quero-quero” (2020),[1] descreve como o corpo do jogador de futebol é atravessado pelas intervenções tecnocientíficas, tornando-se um ciborgue, a partir de sua experiência etnográfica acompanhando uma grande equipe da elite do futebol brasileiro.


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https://ludopedio.org.br/arquibancada/antivacina-e-alto-rendimento-esportivo-uma-falacia-sem-sustentacao/



#opentowork - FAÇA CONTATO E VAMOS CONVERSAR!

 


"A  ciência  não  é  uma  coleção  de  livros,  nem tampouco uma gesticulação. É um estilo de vida." (Alberto Guerreiro Ramos)


Possui graduação em Ciências Sociais - Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013), graduação em Ciências Sociais - Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2021). Atualmente é educador social e coordenador educacional no Projeto Aprendiz Faepesul da Fundação de Apoio á Educação, Pesquisa e Extensão da UNISUL.

Integra o Núcleo de Estudos e Pesquisa Educação e Sociedade Contemporânea (NEPESC/CED/UFSC), participa do Grupo Esporte e Sociedade. Atuação como Professor de Sociologia no Ensino Médio Regular e EJA, Educador Social, Tutor à Distância e Conteudista para programa de capacitação profissional. 


CURRÍCULO LATTES - PROFISSIONAL

http://lattes.cnpq.br/2349066033166809