Resumo:
No ano de 2020, a final feminina do torneio United States Open foi disputada pelas atletas Naomi Osaka (Japão) e Victoria Azarenka (Belarus). Foi uma partida cheia de variações e digna de duas atletas finalistas. Enquanto assistíamos à partida, a fala de um familiar chamou a atenção ao perceber que a atleta japonesa possui a cútis negra. O comentário era que a atleta Osaka seria a esportista mais completa, pois, teria a força física da população negra e a inteligência da asiática.
Em uma única frase o racismo foi externado de maneira naturalizada. Não se trata de julgar a pessoa querida, que apenas reproduziu ideias que se tornaram hegemônicas e que buscam determinar o lugar de indivíduos na sociedade, ideias que, mesmo aparentemente positivas, podem, dentro de um contexto específico, significar uma postura preconceituosa. A partir desse episódio surgiu um questionamento: o quanto tais ideias impactam na formação e carreira esportiva? A raça ou etnia pode orientar as ações na formação de atletas? Isso pode facilitar ou são impeditivos para escolha de determinada modalidade esportiva? Um tema que enfatizamos ser pertinente para compreensão do fenômeno esportivo e as relações que pessoas, atletas, desenvolvem com sua corporalidade e seu potencial voltado para o alto rendimento.
https://cev.org.br/biblioteca/racismo-e-esporte-no-brasil-um-panorama-critico-e-propositivo/
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