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Live: A escravidão em "tempos pós-modernos"

 








Live da Associação Nacional de Sociólogos e Sociólogas (ANASO.BR)

Tema: A escravidão em "tempos pós-modernos". 

Participantes:

Esp. Rose Souza e Silva - Presidente ANASO.BR; Socióloga; Especialista em Sociologia do Trabalho e Exclusão Social.  Mestranda em Governança Global; Servidora da Secretaria de Estado do Trabalho e Bem-estar Social de Roraima; Membra do Observatório do Trabalho do Estado de Roraima, Observatório dos Povos Originários e Observatório do Bem-estar Social de Roraima.

Dr. Lucas Maciel Ferreira - Sociólogo; Mestre e Doutor em Sociologia e Ciência Política (UFSC). Trabalha com as áreas de Relações Raciais, Sociologia Política, Sociologia da Saúde, Sociologia do Trabalho e Educação das Relações Étnico-Raciais.

Dr. Daniel Machado da Conceição - Sociólogo; Mestre e Doutor em Educação (UFSC). Pesquisador associado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas Educação e Sociedade Contemporânea (NEPESC/UFSC), participa do Grupo Esporte e Sociedade. Membro do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT Futebol); Membro da Associação de Educadores Negros e Negras de Santa Catarina (AENSC); e, Coordenador Educacional no Instituto ABRE.

Descrição da live:

A escravidão em "tempos pós-modernos" persiste sob novas formas, apesar de sua abolição formal na maioria dos países. Embora a escravidão tradicional tenha sido amplamente erradicada, condições análogas à escravidão continuam a existir em setores da economia global, frequentemente associadas a desigualdades estruturais, exploração laboral e tráfico de pessoas.

Esse é um problema complexo, ligado a dinâmicas econômicas, migratórias e legais. Sua erradicação exige cooperação global, fortalecimento de leis trabalhistas e mudanças nos padrões de consumo. Enquanto houver desigualdade extrema e lucro baseado na exploração, formas de escravidão continuarão a existir.



A polêmica da camisa vermelha da seleção brasileira: futebol e ideologia em estado puro

 


Acompanhar postagens e memes que recebemos cotidianamente por meio de sites ou redes sociais nos coloca em contato com um intenso e exponencial universo discursivo que expõe as múltiplas, difusas e diferentes vozes da sociedade contemporânea. Quando o assunto é o futebol, então, temos uma exacerbação das paixões e dos afetos. Isso porque, nesse caso, está envolvida a dimensão das relações clubísticas, hoje em dia muito mais intensas se comparadas com a que a torcida brasileira teve (e tem) com a seleção brasileira de futebol masculino.

Aqui, abrimos um parêntese mais que necessário: as transformações dos tempos nos fazem usar a complementação “masculino” para especificarmos a qual futebol estamos nos referindo na frase acima. Isso revela a necessidade de separar o que consideramos quanto às seleções brasileiras de futebol: a masculina, cada vez mais perdendo relevância e interesse, e a feminina, cada vez mais gerando atenção e mobilizando novos afetos para quem outrora não sabia da existência e da qualidade do futebol feminino brasileiro. Fechamos nosso parêntese e seguimos com a discussão pretendida: refletir sobre a atual polêmica, no Brasil, quanto às possíveis novas cores do uniforme da seleção brasileira.

Desde nossos tempos de escola, somos ensinados sobre o significado das cores da bandeira brasileira, seja nas aulas de Educação Moral e Cívica (EMOCI) ou Organização Social e Política Brasileira (OSPB) – inserções curriculares decorrentes das ideias militares nos espaços educativos – ou em qualquer outro componente curricular. É comum aprendermos que a cor verde corresponde às grandes extensões territoriais de matas 1, que o losango na cor amarela representa as riquezas naturais 2, o círculo azul representa o céu do Rio de Janeiro no momento da Proclamação da República, e o branco – na faixa em que temos o lema positivista “Ordem e Progresso” – representa a paz e a união entre os estados brasileiros.

É sempre de bom-tom desconfiar do senso comum: nossa bandeira não tem essas cores por essa simbologia tão óbvia. Vamos aproveitar, então, a polêmica envolvendo a cor vermelha no nosso uniforme da seleção de futebol para discutir sobre nossas cores e suas simbologias. Assim, em meio a mais uma polêmica, fruto de questões ideológicas bastante intensas no Brasil atual, podemos fazer disso algo pedagógico: aprender sobre nossos símbolos, nossa história e nosso momento atual!

Diferentemente do que aprendemos, as cores da bandeira brasileira são referências à monarquia e às poderosas famílias dos primeiros governantes brasileiros, e não a questões relacionadas à natureza ou às nossas riquezas naturais. Numa rápida pesquisa na internet 3, aprendemos que a versão oficial da bandeira foi adotada em 15 de novembro de 1889, após a chamada “Proclamação da República”. Nela, o verde representa a Dinastia Bragança (à qual Dom Pedro I pertencia) e o amarelo representa a Dinastia Habsburgo (da Imperatriz Leopoldina, esposa de Dom Pedro I). Lembremos, também, imersos no doentio universo ideológico que tomou conta e bestializou boa parte do Brasil, que o nome do nosso país se deve ao grande número de árvores denominadas “pau-brasil”, em que a palavra “brasil” (com “b” minúsculo) significa “vermelho como brasa”.


CONTINUAR LENDO EM: https://www.inctfutebol.com.br/post/a-pol%C3%AAmica-da-camisa-vermelha-da-sele%C3%A7%C3%A3o-brasileira-futebol-e-ideologia-em-estado-puro

 


Ao ponderar sobre o mundo e as muitas disputas nas mais diversas áreas e dimensões da vida humana, é perceptível que algo vai mal. Viver se tornou desprezível pelo fato de suportar a aberração de ter que afirmar a todo instante que sou sobrevivente.  Morrer ou deixar viver não passa mais por uma questão ética, ou moral, é somente mais um estágio da futilidade das relações. A vida pode valer menos que uma frustração amorosa, financeira, de autoestima ou de ignorância.

Todo desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento da técnica, que proporcionam maior conforto e até aumentam nossa longevidade, não conseguem mudar nossa relação com o planeta e com outros seres humanos. As desigualdades são ampliadas e encaradas como justas. A precarização da vida, materializada na moradia, alimentação e trabalho, não comove mais. As desgraças de uma sociedade falida atordoam, ainda chocam, mas não provocam repulsa, pois o sentimento de sobrevivência é um alento que diz, continuamente, ainda bem que não foi comigo.  

Observo uma intensificação da individualização que devasta relações familiares, vicinais, educacionais e mesmo empresariais. A necessidade de ser o melhor cria um hiato entre mim e o outro, gerando uma competição incessante e que estamos convencidos de estar correta. É imperativo perceber a fragmentação das relações e os jogos de interesse pela busca desenfreada por direitos, privilégios e vantagens pessoais.

O progresso e o desenvolvimento constante são a mola mestra de um modelo que não observa incongruências, ao estabelecer objetivos que devem ser superados infinitamente. Uma conta que não fecha e que precisamos discutir amplamente com base em um cenário catastrófico que se avizinha. 

Uma hegemonia planetária que constrói relações reconhecidas como pertencentes à sociedade do cansaço, sociedade do consumo, sociedade do espetáculo etc., nomes que apontam para uma relação que gera cada vez mais desgastes no tecido social. Os remendos são ainda piores, efetuados com ideologias mais devastadoras com base no racismo, autoritarismo e neoliberalismo. A extrema-direita representa essa ideologia, com ideais que defendem o conserto da humanidade por meio de imposição, uma relação autoritária de fora para dentro e que aprofunda injustiças e desigualdades sociais e ecológicas. 

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http://pensaraeducacao.com.br/nunca-foi-tao-importante-ser-decolonial/