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Ao ponderar sobre o mundo e as muitas disputas nas mais diversas áreas e dimensões da vida humana, é perceptível que algo vai mal. Viver se tornou desprezível pelo fato de suportar a aberração de ter que afirmar a todo instante que sou sobrevivente.  Morrer ou deixar viver não passa mais por uma questão ética, ou moral, é somente mais um estágio da futilidade das relações. A vida pode valer menos que uma frustração amorosa, financeira, de autoestima ou de ignorância.

Todo desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento da técnica, que proporcionam maior conforto e até aumentam nossa longevidade, não conseguem mudar nossa relação com o planeta e com outros seres humanos. As desigualdades são ampliadas e encaradas como justas. A precarização da vida, materializada na moradia, alimentação e trabalho, não comove mais. As desgraças de uma sociedade falida atordoam, ainda chocam, mas não provocam repulsa, pois o sentimento de sobrevivência é um alento que diz, continuamente, ainda bem que não foi comigo.  

Observo uma intensificação da individualização que devasta relações familiares, vicinais, educacionais e mesmo empresariais. A necessidade de ser o melhor cria um hiato entre mim e o outro, gerando uma competição incessante e que estamos convencidos de estar correta. É imperativo perceber a fragmentação das relações e os jogos de interesse pela busca desenfreada por direitos, privilégios e vantagens pessoais.

O progresso e o desenvolvimento constante são a mola mestra de um modelo que não observa incongruências, ao estabelecer objetivos que devem ser superados infinitamente. Uma conta que não fecha e que precisamos discutir amplamente com base em um cenário catastrófico que se avizinha. 

Uma hegemonia planetária que constrói relações reconhecidas como pertencentes à sociedade do cansaço, sociedade do consumo, sociedade do espetáculo etc., nomes que apontam para uma relação que gera cada vez mais desgastes no tecido social. Os remendos são ainda piores, efetuados com ideologias mais devastadoras com base no racismo, autoritarismo e neoliberalismo. A extrema-direita representa essa ideologia, com ideais que defendem o conserto da humanidade por meio de imposição, uma relação autoritária de fora para dentro e que aprofunda injustiças e desigualdades sociais e ecológicas. 

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