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Qualquer filho(a) é digno(a) de ter oportunidades educacionais

 



Nos últimos tempos estamos nos acostumando com grosseria e falta de empatia explícita. Meu orientador, Professor Alexandre Vaz, diz que alguns comentários dos atuais líderes governistas como que dispensam análise sociológica. Não há meias-palavras ou argumentos para analisar, simplesmente, falam aquilo que pensam sem necessidade de interpretação, apenas com compreensão é possível entendê-los.

O Ministro da Economia Paulo Guedes recentemente comentou que uma das políticas públicas de financiamento estudantil pagou a graduação do “filho do porteiro” que tirou zero na prova do vestibular. Que atrocidade é essa afirmação do Ministro! Ela me fez recordar que em 2007 quando a Universidade Federal de Santa Catarina aderiu às políticas de ações afirmativas, no vestibular para ingresso no ano seguinte, eu fui aprovado para a graduação em Ciências Sociais.

Realizar a matrícula não foi simples. Não que tivesse algum problema com minha documentação, mas havia ações judiciais que queriam embargar o processo, pois, segundo a alegação que traziam, as cotas estavam reduzindo as vagas no nível superior. Um argumento muito mesquinho e falho, já que as políticas públicas ampliaram o número de vagas, essas direcionadas para as ações afirmativas, sem impactar nas que já existiam. Durante o imbróglio e as incertezas que eram discutidas e apresentadas pela mídia local, um colunista de um dos principais jornais de Santa Catarina fez um comentário bem estruturado, mas injusto, sobre o assunto.

O jornalista embasou sua observação acionando o mérito e a disparidade das avaliações, atestando ser aquele processo seletivo um absurdo e defendendo que aqueles que o contestavam judicialmente estavam certos. Seus argumentos não convenceram e estimularam minha resposta, enviada por correio eletrônico. Meu primeiro contato foi respondido com brevidade, ele apresentava a mestiçagem como uma questão subjetiva para qualquer definição, voltando a afirmar a importância do mérito pessoal. Alegava, seu autor, inclusive, que no condomínio em que vivia, localizado em uma área nobre da cidade, um dos moradores era médico e negro. Seu comentário foi: “Ele conseguiu sozinho, todos os outros conseguem!”

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