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A racialização das práticas esportivas e a triste invisibilidade

 


Fiquei pensando sobre o título da mesa [1] que diz Vidas negras importam e o racismo nas práticas esportivas. Posso retornar as duas sentenças, primeiro, vidas negras importam com uma interrogação, será que importam? Uma postagem nas redes sociais, que utilizo em tom provocativo, diz ser o esporte um espaço onde as vidas negras mais importam.

“O maior no golfe? O maior no basquete? A maior no tênis? O maior da F1? O maior do atletismo? O maior do boxe? A maior na ginástica? A maior no futebol? O maior no futebol? A maior no vôlei? São pretos e pretas”.

Parece paradoxal que com essa notoriedade, os feitos e as realizações desses atletas ainda tenhamos que falar sobre racismo que sofrem. Então, assim chegamos a segunda sentença: o racismo nas práticas esportivas. Em outras palavras, vamos conversar sobre os motivos para permanência ou persistência do racismo mesmo com o reconhecimento dos atletas negros/pretos no esporte.

Nessa caminhada que proponho, gostaria de afirmar que vidas negras importam, e não estamos falando de vidas mais importantes que outras, pois é evidente que todas as vidas importam, estamos falamos de morte porque algumas pessoas morrem com mais facilidade, isto é, são mais desprezadas que outras.

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https://www.ludopedio.com.br/arquibancada/a-racializacao-das-praticas-esportivas-e-a-triste-invisibilidade/


A desigualdade educacional em meio a promessa do mérito

 


A educação institucionalizada propaga muitos valores (morais, éticos, conhecimentos e saberes) de dada sociedade que tem na escola um veículo ideológico de excelência. Um espaço institucionalizado capaz de disseminar os ideais da modernidade e orientar sobre o comportamento civilizatório mais aceitável. Por essa razão, a escola faz parte dos projetos nacionais e, atualmente, transnacionais que orientam seus objetivos para uma formação voltada ao mundo do trabalho, identificando como prioritários para o desenvolvimento da sociedade que hoje é pensada no modelo global.

Ao proferir essa afirmativa, entendo que o papel da escola não parece ter mudado, apenas a magnitude das suas ações deixaram de ser locais para ganhar um sentido global, em um mundo supostamente sem fronteiras, pelo menos, quando falamos de produtos e mercadorias, bem como, dos que participam do meio virtual e das suas atividades correlatas. Devemos ponderar sobre a sociedade e a sua ampliada divisão social do trabalho, acrescentando ao jogo das relações comportamentos que reproduzem a manutenção dos privilégios, da desigualdade social e da falta de oportunidades. Então, será que podemos identificar a nossa sociedade brasileira como republicana? Parece ficar claro que não, porém um princípio mascara ou amortece essa realidade, tirando o foco dos problemas ou das suas incongruências. O mérito como apresentado por Roxana Kreimer no livro Historia del mérito (2000) parece cumprir o papel de projetar os sonhos e metas de uma vida melhor, isto é, uma busca constante por reconhecimento e as suas benesses. A sua aceitação ou convencimento está atrelado ao individualismo e na capacidade de adiar a recompensa. “É porque o mérito é a única maneira de combinar a igualdade e a liberdade numa sociedade onde reina a divisão do trabalho que esse princípio de justiça é tão fundamental quanto a igualdade” (DUBET, 2014, p. 27).

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http://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/a-desigualdade-educacional-em-meio-a-promessa-do-merito/

O vírus do racismo se manifesta como modelo mental

 


BOLETIM A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL EM TEMPOS DE CRISE | N. 16

No Boletim 16, Daniel Machado da Conceição (UFSC) faz um paralelo entre a manifestação do racismo na sociedade brasileira e a propagação de um vírus, evidenciando como o racismo estabelece modelos mentais capazes de orientar ações da pessoa que o manifesta e impactar efetivamente a pessoa e/ou o grupo social vitimada(o), inclusive determinando suas condições de vida (e de morte) na sociedade.

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A pandemia que enfrentamos tem trazido muitas reflexões que sugerem questionar a sociedade e o modo de vida que escolhemos seguir. Estamos confrontando valores que são paradoxais, entre eles, manter uma vida desenvolvimentista ou optar pela reclusão. Na sociedade em que a divisão social do trabalho definiu as relações orientadas na solidariedade, no atual momento, o sentido de dependência do outro está mais relacionado ao distanciamento, ao afastamento como verdadeiro símbolo de coletividade.

O momento estimula a pensar sobre as mazelas dessa sociedade, pois algumas se mostram muito presentes; são como outras pandemias que continuam a contaminar e disseminar muitas enfermidades sociais. Uma das patologias sociais que segue a contabilizar vítimas tem origem em um vírus que corrói a sociedade diminuindo não sua imunidade, mas sua humanidade. Essa patologia é anterior a sociedade moderna e não se restringe às transformações no espaço urbano e aos novos aglomerados. Um vírus que atravessa a história da humanidade e que sofre mutações de tempos em tempos, adquirindo maior letalidade durante nosso processo civilizatório de mundialização.

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http://www.anpocs.com/index.php/publicacoes-sp-2056165036/boletim-cientistas-sociais/2450-boletim-a-questao-etnico-racial-em-tempos-de-crise-n-16


http://anpocs.com/images/stories/boletim/boletim_CS/Boletim_ER_016.pdf

A construção da empregabilidade por meio da formação de jovem aprendiz




Resumo: Acreditar na aprendizagem, acreditar que por meio do emprego uma nova condição de vida possa ser atingida, estimula o sacrifício de moldar o próprio corpo de acordo com o ethos profissional. Na vida de grande parte dos jovens o fato de começar a trabalhar exige empenho no ajuste dos horários pessoais, no aprendizado de regras e códigos de sociabilidade, na postura corporal, na linguagem e até mesmo nos cuidados com a higiene pessoal. A ideia nesse breve ensaio foi refletir sobre a socialização profissional e a aquisição de uma formação que deve ser expressa no comportamento que significa ações atitudinais (empreendedoras). Os conceitos de “socialização profissional” e de “mérito” serão centrais para o desenvolvimento dos argumentos que envolvem a experiência do aprendiz e a construção de um “eu profissional”. Busco identificar quão influente o discurso do mérito pessoal parece favorecer o processo de socialização profissional, o que supostamente garante uma futura contratação ou uma maior empregabilidade.   

Palavras chave: Competência; Empregabilidade; Jovem Aprendiz; Mérito; Socialização Profissional.

 

A CAPACITAÇÃO DO JOVEM APRENDIZ 

Ao iniciar um novo processo de pesquisa, esse fato requer a busca de uma  outra  inserção  em  conceitos,  terminologias,  categorias,  expressões  e porque  não  dizer  um  novo  olhar.  As  lentes  são  renovadas  para  analisar  a capacitação de jovens aprendizes que começam sua atividade profissional no mercado  de trabalho. A  capacitação  profissional em vigor com respaldo legal permite acesso ao primeiro emprego, a aquisição de experiência e contato com um mundo muitas vezes distinto da realidade de algumas famílias habituadas a atividades subalternas sem a necessidade de maior escolarização.  

O interesse em pesquisar o tema do estudante-trabalhador esteve sempre paralelo  a  estudos  desenvolvidos  sobre  o  estudante-atleta.  As  condições  de formação, ou melhor, o tempo de investimento em treinamento e nas atividades profissionais  parecem  se  assemelhar.  O  não  conjugar  carreira  esportiva  e carreira  profissional  com  a  educação  escolar  parece  ser  um  ponto  com propensão a uma diferenciação entre as formações, pois o capital escolar afeta diretamente  a  habilitação  para  exercer  os  postos  de  melhor  remuneração  no mercado, situação que no esporte não demonstra ser preponderante. A escola também se mostra como elemento importante para abordagem, pois ambos, o jovem trabalhador e o jovem atleta tem a obrigatoriedade de estar matriculado em algum programa de educacional até a conclusão do Ensino Médio. Em razão do  recorte  etário  e  populacional,  os  jovens  estudam  em  escolas  públicas  e buscam atividades formativas que garantam uma renda imediata ou um melhor futuro. O adolescente tem dois caminhos institucionais para obter a qualificação profissional: a aprendizagem escolar e a aprendizagem empresária (OLIVEIRA, 2009).  Perceber  aproximações  ou  distanciamentos  na  relação  do  jovem  com escola e com o trabalho laboral ou esportivo é uma das justificativas em dedicar esforços na compreensão de uma realidade vivida por inúmeros jovens no Brasil.  

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https://drive.google.com/file/d/1ONomkuYxooKfHL9GJzc88nc_ahqIDdPD/view

http://revista.ucpparana.edu.br/index.php/Trivium/issue/view/10

Entrevista Manuela Linhares Francisco - PROJETO APRENDIZ FAEPESUL

 Iniciar o itinerário formativo não parece ser algo fácil quando falamos do primeiro emprego. Muitas mudanças podem ser observadas e, em alguns casos, pode significar um choque cultural aprender o comportamento esperado dentro de uma ética do trabalho. Pensando nessa situação o PROJETO APRENDIZ FAEPESUL, busca em seus encontros proporcionar ao jovem a motivação necessária para encarar as transformações que serão impostas a sua nova rotina familiar, escolar e profissional. Além de indicar maneiras que facilitem a organização de suas atividades. Sem esquecer a exigência do desenvolvimento de competências e habilidades que objetivam sua formação profissional resguardando seu protagonismo como agente transformador de sua história. 

Venha ser parceiro da aprendizagem, venha fazer parte do Projeto Aprendiz FAEPESUL.


DISPONÍVEL EM:

https://www.youtube.com/watch?v=QImkH76bLh8&feature=youtu.be

Lembrar da escola não se restringe ao desempenho, são relações…

 



Estou nesse texto expressando os meus sentimentos sobre um dos espaços de socialização de grande importância para sociedade, no caso, desejo falar sobre a escola que aparece e favorece na transição entre a vida familiar (privada) e o mundo (público). Na escola criamos relações que se orientam a partir de encantos, espantos, experiências e encontros, seja com colegas, professores, ou famílias e, obviamente, com o conhecimento. Ao refletir sobre as minhas memórias na escola fiquei pensando sobre esse espaço único e que não podemos apenas reduzir aos saberes transmitidos dentro dos seus muros. Pensar a escola é refletir sobre os significados que cada indivíduo atribui a esse espaço de socialização, mesmo quando as avaliações de desempenho passam a representar seu único propósito.

Saudosismo ou não, ao pensar na escola, mais precisamente, no meu Ensino Fundamental, lembrei que além das matérias e dos conteúdos, estar no espaço escolar também envolveu sentimentos e emoções que se materializavam em conquistas que não estavam reduzidas à aprovação no final do ano. A escola permite criar um mundo cheio de códigos estudantis e regras de sociabilidade próprias, que podem ser observadas na sala de aula, pátio e corredores.

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Escola Estadual de 1º e 2º Grau Cassiano do Nascimento.