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A construção da empregabilidade por meio da formação de jovem aprendiz




Resumo: Acreditar na aprendizagem, acreditar que por meio do emprego uma nova condição de vida possa ser atingida, estimula o sacrifício de moldar o próprio corpo de acordo com o ethos profissional. Na vida de grande parte dos jovens o fato de começar a trabalhar exige empenho no ajuste dos horários pessoais, no aprendizado de regras e códigos de sociabilidade, na postura corporal, na linguagem e até mesmo nos cuidados com a higiene pessoal. A ideia nesse breve ensaio foi refletir sobre a socialização profissional e a aquisição de uma formação que deve ser expressa no comportamento que significa ações atitudinais (empreendedoras). Os conceitos de “socialização profissional” e de “mérito” serão centrais para o desenvolvimento dos argumentos que envolvem a experiência do aprendiz e a construção de um “eu profissional”. Busco identificar quão influente o discurso do mérito pessoal parece favorecer o processo de socialização profissional, o que supostamente garante uma futura contratação ou uma maior empregabilidade.   

Palavras chave: Competência; Empregabilidade; Jovem Aprendiz; Mérito; Socialização Profissional.

 

A CAPACITAÇÃO DO JOVEM APRENDIZ 

Ao iniciar um novo processo de pesquisa, esse fato requer a busca de uma  outra  inserção  em  conceitos,  terminologias,  categorias,  expressões  e porque  não  dizer  um  novo  olhar.  As  lentes  são  renovadas  para  analisar  a capacitação de jovens aprendizes que começam sua atividade profissional no mercado  de trabalho. A  capacitação  profissional em vigor com respaldo legal permite acesso ao primeiro emprego, a aquisição de experiência e contato com um mundo muitas vezes distinto da realidade de algumas famílias habituadas a atividades subalternas sem a necessidade de maior escolarização.  

O interesse em pesquisar o tema do estudante-trabalhador esteve sempre paralelo  a  estudos  desenvolvidos  sobre  o  estudante-atleta.  As  condições  de formação, ou melhor, o tempo de investimento em treinamento e nas atividades profissionais  parecem  se  assemelhar.  O  não  conjugar  carreira  esportiva  e carreira  profissional  com  a  educação  escolar  parece  ser  um  ponto  com propensão a uma diferenciação entre as formações, pois o capital escolar afeta diretamente  a  habilitação  para  exercer  os  postos  de  melhor  remuneração  no mercado, situação que no esporte não demonstra ser preponderante. A escola também se mostra como elemento importante para abordagem, pois ambos, o jovem trabalhador e o jovem atleta tem a obrigatoriedade de estar matriculado em algum programa de educacional até a conclusão do Ensino Médio. Em razão do  recorte  etário  e  populacional,  os  jovens  estudam  em  escolas  públicas  e buscam atividades formativas que garantam uma renda imediata ou um melhor futuro. O adolescente tem dois caminhos institucionais para obter a qualificação profissional: a aprendizagem escolar e a aprendizagem empresária (OLIVEIRA, 2009).  Perceber  aproximações  ou  distanciamentos  na  relação  do  jovem  com escola e com o trabalho laboral ou esportivo é uma das justificativas em dedicar esforços na compreensão de uma realidade vivida por inúmeros jovens no Brasil.  

(...)

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https://drive.google.com/file/d/1ONomkuYxooKfHL9GJzc88nc_ahqIDdPD/view

http://revista.ucpparana.edu.br/index.php/Trivium/issue/view/10

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