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A Caserna e o negacionismo à brasileira

 



Nos anos 80, músicos como Tim Maia e Cazuza cantavam sobre o Brasil, apresentando as incongruências de uma nação que se constrói em meio a muitos paradoxos. Uma identidade cultural que para Stuart Hall estaria justificada pela pós-modernidade. “O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas” (HALL, 2005, p. 12). Nesse sentido, podemos dizer que o Brasil (Colônia, Império e República) sempre foi “pós-moderno”, embora, nunca tenha levado a sério o que é ser moderno. Um comentário irônico para citar ideias e teorias do Velho Mundo que encontram guarida e são apropriadas de maneiras singulares “na terra que tem palmeiras, onde canta o sabiá”. 

A teoria positivista parece ser uma delas, entretanto, alerto que ela não significa uma mensagem motivacional. O positivismo, para os desavisados, pode até ser confundido com um comportamento vencedor, no entanto, indica uma teoria que valoriza o uso da razão. Seus princípios orientam a sociedade no combate à pandemia da COVID-19, pois exalta a razão e o espírito científico. Logo, um negacionista não pode estar investido de positivismo, é contraditório, no mínimo.

Augusto Comte (1798-1857) foi o idealizador do positivismo. O Iluminismo e a Revolução Industrial proporcionaram transformações cognitivas, sociais e culturais na Europa. Comte observou muitas mudanças na sociedade, identificando um novo modelo social e pretendia que as Ciências Humanas tivessem métodos científicos semelhantes às Ciências Naturais. Sua proposta com base na experimentação buscou uma maior maturidade racional.

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