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“O futebol coloca em pauta e dá visibilidade a temas importantes": conversa com Carmen Rial

 


“O futebol coloca em pauta e dá visibilidade a temas importantes para o país - conversa com Carmen Rial".

Resumo: Entrevista realizada com Carmen Rial, Coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos do Futebol Brasileiro, feita por Cristiano Mezzaroba e Daniel Machado da Conceição. Ao longo da entrevista, a pesquisadora aborda o seu envolvimento paralelo a sua trajetória com a temática do futebol, a ideia de criar o INCT, a sua principal característica – que é o seu caráter interdisciplinar e interinstitucional –, e a rede de pesquisadores e pesquisadoras vinculados a ele. Além disso, aborda a produção do conhecimento nas Humanidades a respeito do futebol e a importância desse objeto social a quem se dedica à dimensão investigativa e impactos nas políticas públicas e na educação.


DISPONÍVEL EM: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/n24p351



Antirracismo, escola e futebol: Uma boa jogada

 


Webinário da Linha "Mídias, Torcidas e Movimentos Antirracistas" do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT Futebol).

Temática: "Antirracismo, escola e futebol: Uma boa jogada"

Convidado: Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição

Mediadores: 

Prof. Dr. Antonio Jorge Soares (URFJ - UFRN)

Prof. Beatriz de Franca Alves (Bolsista INCT -  CNPQ)








DOSSIÊ FUTEBOL: PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS E SOCIAIS

 


Organização: Antonio Jorge Gonçalves Soares (UFRJ), Cristiano Mezzaroba (UFS), Silvio Ricardo da Silva (UFMG) e Daniel Machado da Conceição (NEPESC/UFSC)

O futebol é um terreno fértil em expectativas, pertencimentos, identidades, ideologias, interesses (econômicos, políticos, midiáticos), comportamentos, controvérsias, associações e rupturas. Neste dossiê, o INCT – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estudos de Futebol Brasileiro, convidou pesquisadores e pesquisadoras a abordar o futebol a partir de suas experiências acadêmicas, nos campos das ciências humanas e sociais.

Com este dossiê na revista Ambivalências, buscou fomentar e aglutinar a produção bibliográfica – seja em forma de artigos originais oriundos de pesquisas empíricas ou teóricas, pesquisas documentais, ensaios, resenhas e entrevistas – que abordaram o futebol em suas perspectivas antropológicas, sociológicas ou multidisciplinares, contribuindo para uma melhor compreensão desse fenômeno que mobiliza os mais diversos coletivos.          


ACESSE O DOSSIÊ E COMPARTILHE! 

DISPONÍVEL EM:  https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/issue/view/n24 






LIVE - Para uma educação antirracista

 


Evento organizado e promovido pela Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas ANASO.BR https://www.anasobr.org/ 


Temática: Para uma educação antirracista.

Descrição: Djamila Ribeiro no livro Pequeno manual antirracista (2019), escreveu: 

“O mundo apresentado na escola era o dos brancos, no qual as culturas europeias eram vistas como superiores, o ideal a ser seguido. Eu reparava que minhas colegas brancas não precisavam pensar o lugar social da branquitude, pois eram vistas como normais: a errada era eu. Crianças negras não podem ignorar as violências cotidianas, enquanto as brancas, ao enxergarem o mundo a partir de seus lugares sociais – que é um lugar de privilégio – acabam acreditando que esse é o único mundo possível” (p. 24).

A proposta da conversa visa pensar os outros mundos possíveis, a partir da perspectiva de o espaço escolar ser plural e diverso. O racismo não é um problema exclusivo das pessoas pretas e pretos, é um problema da sociedade brasileira. Portanto, a escola possui um papel preponderante na construção de uma educação antirracista e, consequentemente, na desconstrução do racismo.      

Apresentadora: Dr. Rosilene Rocha - Socióloga; Doutora em Sociologia (UFPE); e, Diretora de Inclusão e Diversidade da ANASO.BR

Apresentadora: Maria das Graças Rodrigues Policarpo - Socióloga; Coordenadora Estadual de Políticas para as Mulheres; e, Diretora Geral da Casa da Mulher Brasileira de Boa Vista-RR.

Mediador: Dr. Daniel Machado da Conceição - Sociólogo; Doutor em Educação (UFSC); e, Pesquisador NEPESC/UFSC.



Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=wfs-itxg1BA&ab_channel=Assoc.Nac.dosSoci%C3%B3logosSoci%C3%B3logasANASOBR 




Roda de Conversa sobre o livro "Os engenheiros do caos"

 





Evento organizado e promovido pela Associação Nacional dos Sociólogos e Sociólogas ANASO.BR https://www.anasobr.org/ 


Temática: Roda de Conversa sobre o livro 'Os engenheiros do caos"

Resumo: O livro "Os Engenheiros do Caos", Guiliano Da Empoli, explora o fenômeno do populismo contemporâneo, focando em como líderes populistas como Donald Trump e Viktor Orbán exploram o descontentamento popular e a raiva para ascender ao poder. O autor, Giuliano Da Empoli, argumenta que esses líderes não são meros demagogos, mas sim estrategistas habilidosos que dominam as ferramentas da comunicação digital para construir narrativas de "verdades alternativas" e promover a desconfiança nas instituições tradicionais. A obra traça um panorama do cenário político internacional contemporâneo, analisando o surgimento de movimentos populistas na Itália, nos Estados Unidos, na França e na Hungria. Por meio de uma narrativa rica em detalhes, o autor expõe as estratégias, as personalidades e as ideias que impulsionam o populismo, buscando compreender a natureza do caos político que se instalou em diversos países.

Apresentador: Sociólogo Ricardo Antunes de Abreu.

Mediador: Sociólogo Daniel Machado da Conceição.


DISPONÍVEL EM:



Webinário "O Papel de Clubes e Escolas de Futebol na Formação de Crianças/Atletas"

 


Webinário da Linha "Clubes, Formação, Carreira e Migração Futebolistas" do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT Futebol).

Temática: "O Papel de Clubes e Escolas de Futebol na Formação de Crianças/Atletas"

Convidado: Prof. Dr. Rafael Castellani

Mediadores: 

Profª. Msc. Yokky Ywky Dantas de Oliveira (IFRN)

Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição


Disponível em:



Racismo no esporte: mesmo com racismo, tem jogo?

 


Negros e negras vêm conquistando espaços importantes no Brasil e em outros países. Podemos dizer que este é um período de grandes mudanças no contexto sócio-histórico, impactando não apenas a sociedade brasileira. Tais agentes começam a ocupar espaços que antes eram dominados por sujeitos brancos, principalmente, no mercado de trabalho, em profissões de destaque e visibilidade. Uma clara conquista da luta de homens e mulheres pretas que inconformadas com sua condição de apenas sobreviver, transgrediram o destino ao não ocupar apenas o lugar que se esperava que ocupassem.
Essa luta não tem sido simples, tampouco fácil, por se atrever a quebrar as muralhas
ocultas dos simbolismos que impactam a vida de quem tem na cor de sua pele negra uma marca de rejeição e exclusão. Especificamente, quando tratamos de discutir tal situação no país, percebemos que ainda vivemos em uma sociedade que não se considera racista e isso se torna um problema, pois, a princípio, como combateremos algo que parece não existir.

CONTINUAR LENDO EM:  https://viewer.joomag.com/contempor%C3%A2nea-contempor%C3%A2nea-11/0726781001718203660/p10?short=




Webinário "Os Dilemas na Iniciação Esportiva"

 


Webinário da Linha "Clubes, Formação, Carreira e Migração Futebolistas" do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT Futebol).

Temática: "Dilemas na Iniciação Esportiva"

Convidado: Sérgio Ricardo 

Mediadores: 

Profª. Drª. Marina de Mattos Dantas 

Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição


Assista em:



Webinário "Indústria Cultural e Esporte/Futebol" - INCT Futebol

Webinário da Linha "Mídias, Torcidas e Movimentos Antirracistas" do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT Futebol).

Temática: "Indústria Cultural e Esporte/Futebol"

Convidado: Prof. Dr. Alexandre Fernandez Vaz (UFSC)

Mediadores: 

Prof. Dr. Cristiano Mezzaroba (UFS)

Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição (INCT)





DISPONÍVEL EM:

https://www.youtube.com/watch?v=AXr4xpZRP-E&t=4033s



Nova edição da revista Contemporânea, uma quase revista, organizada pelos Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição e Prof. Dr. Alexandre Fernandez Vaz.



VINICIUS JR. E OS EMBATES DO NOSSO TEMPO: O RACISMO E O ESPORTE

    Antes de completar 24 anos, Vinicius Junior, do Real Madrid e da seleção brasileira, é hoje uma das principais vozes antirracistas que conhecemos. Alvo de seguidas agressões simbólicas por parte principalmente de torcedores adversários, o jogador profissional vem marcando gols não apenas no gramado, mas fora dele, com diversas ações que respondem, de forma contundente, a seus agressores. Igualmente, Vini Jr. vem desestabilizando o ensurdecedor silêncio que grande parte do establishment do futebol exercita frente a práticas racistas na Europa, mas também em muitos outros estádios pelo mundo afora.

    O número temático que faz a Contemporânea, a nossa quase revista, voltar a ser publicada, se compõe de textos que se dedicam ao racismo no esporte, ou, dito de outra maneira, das relações entre o primeiro e o segundo. Colaboradoras e colaboradores, com exceção de um, são vinculados a universidades federais do Brasil. O primeiro deles, Neilton de Sousa Ferreira Júnior, é de Viçosa, Minas Gerais. Ele abre os trabalhos de maneira instigante, ao reconstruir uma história do esporte olímpico para dizer de seu intrínseco caráter racista. O trabalho seguinte é resultado de uma parceria entre Beatriz de França Alves e Cristiano Mazzaroba, de
Sergipe, e Daniel Machado da Conceição, de Santa Catarina. O trio faz um breve e preciso inventário da presença do racismo no esporte – via, por exemplo, estereótipos corporais direcionados a pessoas negras –, perguntando sobre as possibilidades de sua superação.

    A terceira contribuição faz um pequeno giro para encontrar a interseccionalidade no futebol feminino em suas práticas pós cancelamento da proibição do jogo para as mulheres brasileiras. A contundência do texto é obra de Caroline Soares de Almeida, que retoma questões que vêm dos anos 1980 para pensar sobre algumas das representações sobre mulheres futebolistas, mostrando como raça, classe social, gênero e sexualidade, determinam as formas de a imprensa esportiva, dominada por homens, tratar do jogo delas.

    Um novo giro se encontra no quarto texto deste temático, que não se refere exatamente ao esporte, mas ao jogo de capoeira e suas vicissitudes como história plasmada da sociedade brasileira. Os autores e as autoras localizam formas de racismo nesse existir, assim como apostam em possibilidades, justamente pela crítica radical, de sua superação. O grupo é liderado por Christian Muleka Mwewa, do Mato Grosso do Sul, ladeado por Alex Sander da Silva, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, e por Juliani L. C. Ferreira e Aline Ortega Soloaga, também do estado do Centro-Oeste brasileiro.

Para fechar, Antonio Jorge Gonçalves Soares, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Norte, traz algo novo para o debate, ao observar os primeiros episódios de agressão contra Vini Jr. que foram publicizados, em 2023. O autor recorre ao conceito de casta como operador analítico para a compreensão do aparente paradoxo entre a ascensão social de jogadores negros e a persistência do racismo, o que mostra, entre outros pontos, a impossibilidade de a sociedade liberal cumprir suas promessas de igualdade e meritocracia.

Autoras e autores, muito obrigado. Leitoras e leitores, que desfrutem, pensem, discordem, concordem, critiquem. Sigamos nesse debate que é dos mais importantes para as tentativas de construção de um esporte e de uma sociedade que sejam fontes de menos sofrimento.

Alexandre Fernandez Vaz
Daniel Machado da Conceição
Florianópolis, junho de 2024.




@nepesc.ufsc
 



Sobre valores esportivos, rivalidades e contradições: a dupla GRENAL em evidência

 



Dificilmente algum(a) brasileiro(a) não se sentiu tocado diante das enchentes, inundações e grande destruição que acometeu boa parte do território gaúcho a partir de final de abril de 2024 e boa parte de todo o mês de maio. A mídia brasileira mobilizou sua estrutura e seus profissionais e fez uma ampla e, por vezes, saturada cobertura diante daquela situação em que a realidade, impactada pela resposta voraz da natureza às ações humanas, ia se apresentando por meio da chuva que não parava, da destruição que aumentava e assustava, da grande quantidade de pessoas que buscava se salvar e encontrar um abrigo para depois tratar de seguir sua vida.

Como é próprio desses momentos, de forma semelhante ao que vimos recentemente com a pandemia de Covid-19, circulam discursos que enfatizam a tomada de consciência, a solidariedade, a empatia, a união, etc. Não foi diferente com a tragédia enfrentada pelo Rio Grande do Sul, principalmente em Porto Alegre e sua região metropolitana. E, num estado em que o futebol é parte da cultura e explicita aspectos de sua historicidade combativa, que contribui para a divisão clubística dos gaúchos na formação daquilo ao qual hoje se tornou banal se referir pelo termo “polarização” (no senso comum da política, por exemplo, embora bastante errôneo, por sinal, como se houvesse uma esquerda, que é quase centro, versus uma direita, que está bem para seu extremo), o azul, representado pelo Grêmio, e o vermelho, representado pelo Internacional, não ficam de fora dos acontecimentos e reflexões.

Com toda sua estrutura impactada e comprometida para treinamentos e jogos, as duas equipes, em estratégia inédita, no dia 21 de maio, uniram-se para divulgar uma campanha para ajudar na reconstrução dos lugares atingidos pelas enchentes, com a ação intitulada “Jogando Junto – Pela reconstrução do RS”, mobilizando atletas, dirigentes (o presidente gremista, Alberto Guerra, e o presidente colorado, Alessandro Barcellos), torcedores, empresas e a mídia de forma geral. A junção das duas instituições clubísticas gerou a criação de uma imagem, na cor roxa, resultado da mescla entre o azul gremista e o vermelho colorado. Divulgou-se que as equipes iriam ceder espaços em seus uniformes e também em suas mídias sociais para dar visibilidade a empresas que participassem de ações para a reconstrução do Estado e das pessoas afetadas. Cogitou-se, também, a possibilidade do Grêmio ceder seu centro de treinamento ao Inter, e o Inter, por sua vez, ceder o Estádio Beira Rio para jogos do Grêmio. Segundo dados do Portal Terra, na data da publicação da matéria, a estratégia já havia viabilizado o montante de R$ 28 milhões.

CONTINUAR LENDO EM: https://www.inctfutebol.com.br/post/sobre-valores-esportivos-rivalidades-e-contradi%C3%A7%C3%B5es-a-dupla-grenal-em-evid%C3%AAncia


MEZZAROBA, Cristiano. SANFELICE, Gustavo. CONCEIÇÃO, Daniel. Sobre valores esportivos, rivalidades e contradições: a dupla GRENAL em evidência. Bate-pronto, INCTFUTEBOL, Florianópolis, V.1, n.16, 2024.   

Sobre valores esportivos, rivalidades e contradições: a dupla GRENAL em evidência

 


Dificilmente algum(a) brasileiro(a) não se sentiu tocado diante das enchentes, inundações e grande destruição que acometeu boa parte do território gaúcho a partir de final de abril de 2024 e boa parte de todo o mês de maio. A mídia brasileira mobilizou sua estrutura e seus profissionais e fez uma ampla e, por vezes, saturada cobertura diante daquela situação em que a realidade, impactada pela resposta voraz da natureza às ações humanas, ia se apresentando por meio da chuva que não parava, da destruição que aumentava e assustava, da grande quantidade de pessoas que buscava se salvar e encontrar um abrigo para depois tratar de seguir sua vida.

Como é próprio desses momentos, de forma semelhante ao que vimos recentemente com a pandemia de Covid-19, circulam discursos que enfatizam a tomada de consciência, a solidariedade, a empatia, a união, etc. Não foi diferente com a tragédia enfrentada pelo Rio Grande do Sul, principalmente em Porto Alegre e sua região metropolitana. E, num estado em que o futebol é parte da cultura e explicita aspectos de sua historicidade combativa, que contribui para a divisão clubística dos gaúchos na formação daquilo ao qual hoje se tornou banal se referir pelo termo “polarização” (no senso comum da política, por exemplo, embora bastante errôneo, por sinal, como se houvesse uma esquerda, que é quase centro, versus uma direita, que está bem para seu extremo), o azul, representado pelo Grêmio, e o vermelho, representado pelo Internacional, não ficam de fora dos acontecimentos e reflexões.

CONTINUAR LENDO EM:

https://www.inctfutebol.com.br/post/sobre-valores-esportivos-rivalidades-e-contradi%C3%A7%C3%B5es-a-dupla-grenal-em-evid%C3%AAncia


Formação acadêmica e estudos étnico-raciais: um estudo de caso com os cursos do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a urgência temática

 


ALVES, Beatriz de França; DA CONCEIÇÃO, Daniel Machado; MEZZAROBA. Cristiano. Formação acadêmica e estudos étnico-raciais: um estudo de caso com os cursos do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e a urgência temática. In:_. A urgência da luta antirracista nas Universidades, Institutos Federais e Cefets. Universidade e Sociedade; Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Brasília: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Ano X XXIV - Nº 74 - julho de 2024.

Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo compreender as configurações dos agentes (docentes e discentes) da licenciatura e do bacharelado do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe (DEF/UFS) quanto à formação acadêmica e à discussão das relações étnico-raciais. Metodologicamente, caracterizou-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa, em que a princípio realizamos a análise documental dos Projetos Políticos Pedagógicos dos dois cursos do DEF/UFS (não sendo encontrada em nenhum deles menção direta à tematização étnico-racial) e, em seguida, utilizamos formulários online para coletar dados dos agentes da licenciatura e do bacharelado. Conclusivamente, identificamos a ausência do tema nos documentos institucionais. Os respondentes, tanto discentes como docentes, reconhecem a importância da temática, embora essa relação seja mais bem observada na licenciatura do que no bacharelado. Ações que objetivam uma formação acadêmica que colabore com a luta antirracista são pontuais e dependem do interesse docente ou da demanda discente.

Palavras-chave: Formação acadêmica. Estudos étnico-raciais. Racismo. Educação antirracista. Educação Física.


DISPONÍVEL EM: https://issuu.com/andessn/docs/revista_us-74_digital_2_




A arte sobre o futebol e sua possibilidade para revelação do drama social


Resumo: Nas ciências sociais, a escola inglesa de antropologia desenvolveu estudos que observaram a performance, descrevendo comportamentos e ações que retratam a vida social, um olhar especial para o ritual. Ao destacar o ritual, a dramatização do social passa a ser um conceito importante para analisar os grupos humanos.  No Brasil, o antropólogo Roberto DaMatta com o arcabouço teórico de Victor Turner fez análises sobre eventos diversos que descrevem o drama social. Entre esses eventos estão a parada militar, o carnaval, os festejos religiosos e o futebol. Para discutir a importância do trabalho do antropólogo Roberto DaMatta, a proposta do texto é realizar a análise descritiva de duas obras fílmicas sobre o futebol brasileiro, os filmes: Boleiros I – era uma vez o futebol (1998); e, Boleiros II – vencedores e vencidos (2006), do diretor Ugo Giorgetti. Ao analisar os dois filmes indicados, percebemos a partir de conceitos e categorias elencadas por DaMatta que a dramaturgia, como arte, ao propor reproduzir o social, escancara os dramas de uma sociedade que guarda valores aristocráticos de um passado recente.

Palavras-chave: Boleiros. Drama social. Futebol. Ritual.

DISPONÍVEL EM: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias/article/view/n23p179


 

Resenha: Em Angola Tem? No Brasil também!

 




DA CONCEIÇÃO, Daniel Machado da. Spoiler - Em Angola tem? No Brasil também!  Revista Its Teens, Florianópolis, nº 23, Editora Notícias do Dia, 2024. p. 7.

Disponível em: https://issuu.com/revistaits00/docs/revista_its_teens_-_floripa_-_maio_-_issuu

O que o futebol tem a dizer sobre o aquecimento global?

 




Desde o final de abril temos sido bombardeados por imagens alarmantes das cheias no Rio Grande do Sul. Hoje, o estado se encontra em situação de calamidade, com quase todas as cidades comprometidas. O país inteiro mostra-se solidário a fim de levar auxílio a moradores das regiões atingidas. Pode-se afirmar que se trata de uma tragédia sem precedentes na história do país, não somente pela proporção territorial, mas também pelo colapso das estruturas que sustentam o abastecimento de alimentos, água e energia elétrica, além da segurança pública dos municípios e da rede de transportes viários, portuários e aeroportuários. A situação está longe de se normalizar devido às características hidrográficas e da continuidade de chuvas no estado gaúcho. 

O colapso também atingiu o futebol. Cenas como as vistas na Arena do Grêmio e no Estádio Beira-Rio, que ganhou projeção internacional, assombram porque simboliza a fragilidade que nós, enquanto humanidade, estamos submetidos diante do aquecimento global. Os clubes de futebol no Rio Grande do Sul estão com jogos suspensos, sem datas para realização das partidas, afetando parte dos campeonatos Brasileiro séries A, C e D; Libertadores da América; e, da Sul-Americana. A impossibilidade de manter os jogos em função da falta de espaço para treinar, da dificuldade de mobilidade e da interdição de estádios são fatores que impactam os times gaúchos. 

CONTINUAR LENDO EM: https://www.inctfutebol.com.br/post/o-que-o-futebol-tem-a-dizer-sobre-o-aquecimento-global



Webinário " Arbitragem de Futebol e Racismo no Brasil"

 


Webinário da Linha Mídias, Torcidas e Movimentos Antirracistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos de Futebol Brasileiro (INCT). 

Temática: "Arbitragem de Futebol e Racismo no Brasil"

Convidado: Prof. Márcio Chagas (Ex-árbitro de futebol) 

Mediadores:

 Prof. Dr. Daniel Machado da Conceição (NEPESC/UFSC)

Prof. Dr. Cristiano Mezzaroba (UFS)


DISPONÍVEL EM:




DISPONÍVEL EM:

https://www.youtube.com/watch?v=CKKf4UdMEu4&t=16s

ou

https://www.youtube.com/watch?v=s7-FZ3gItOc&t=2s




O Esporte em Seu Conteúdo Racista: Discursos Legitimadores Sobre a Presença e a Ausência de Pessoas Negras

Resumo:

No ano de 2020, a final feminina do torneio United States Open foi disputada pelas atletas Naomi Osaka (Japão) e Victoria Azarenka (Belarus). Foi uma partida cheia de variações e digna de duas atletas finalistas. Enquanto assistíamos à partida, a fala de um familiar chamou a atenção ao perceber que a atleta japonesa possui a cútis negra. O comentário era que a atleta Osaka seria a esportista mais completa, pois, teria a força física da população negra e a inteligência da asiática.


Em uma única frase o racismo foi externado de maneira naturalizada. Não se trata de julgar a pessoa querida, que apenas reproduziu ideias que se tornaram hegemônicas e que buscam determinar o lugar de indivíduos na sociedade, ideias que, mesmo aparentemente positivas, podem, dentro de um contexto específico, significar uma postura preconceituosa. A partir desse episódio surgiu um questionamento: o quanto tais ideias impactam na formação e carreira esportiva? A raça ou etnia pode orientar as ações na formação de atletas? Isso pode facilitar ou são impeditivos para escolha de determinada modalidade esportiva? Um tema que enfatizamos ser pertinente para compreensão do fenômeno esportivo e as relações que pessoas, atletas, desenvolvem com sua corporalidade e seu potencial voltado para o alto rendimento.





https://cev.org.br/biblioteca/racismo-e-esporte-no-brasil-um-panorama-critico-e-propositivo/


CONTINUAR LENDO EM:

https://play.google.com/books/reader?id=dVC6EAAAQBAJ&pg=GBS.PT88&hl=pt

RACISMO NO FUTEBOL: ABRE-SE UMA AGENDA DE PESQUISAS

 


Livro: Futebol & seus contextos. Ailton Fernando S. de Oliveira, Marcelo de Castro Haiachi (organizadores). 1. ed., Florianópolis: Tribo da Ilha, 2023. 

Texto nosso, artigo: RACISMO NO FUTEBOL: ABRE-SE UMA AGENDA DE PESQUISAS; Autores: Beatriz de França Alves, Cristiano Mezzaroba e Daniel Machado da Conceição (p. 138).


Resumo:

Tem sido recorrente e vem aparecendo com bastante regularidade nos mais diversos veículos midiáticos os casos de racismo no Brasil (e também no mundo). São situações discriminatórias que ocorrem nos mais diversos espaços institucionais e sociais. E quando focamos nosso olhar ao universo do campo esportivo, o racismo também é um fenômeno que se evidencia, nas mais variadas modalidades, principalmente no futebol. Assim, neste ensaio, refletimos sobre a temática, propondo uma agenda de pesquisas envolvendo racismo e futebol: (a) racismo, futebol e mídia; (b) futebol, gênero e racismo; (c) produção acadêmica da Educação Física envolvendo racismo e futebol; (d) abordagens metodológicas envolvendo racismo e futebol; (e) racismo, futebol e as Humanidades. Com essa agenda de pesquisas, intencionamos contribuir quanto ao enfrentamento que o contemporâneo nos impõe em relação às compreensões do fenômeno do racismo nos mais variados contextos sociais, principalmente àqueles/as que compõem o campo educativo e formativo, permitindo identificar, conhecer, reconhecer, analisar e pautar discussões amplas que confrontam atitudes racistas nos mais variados espaços sociais e institucionais. 

Palavras-chave: racismo; futebol; agenda de pesquisas.


Disponível em:

https://cev.org.br/media/biblioteca/DTP_FutebolSeusContextos_Digital_compressed.pdf