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Eu sou o chão...


O que falar do chão? Uma base firme ou movediça capaz de atolar. Que chão posso falar? O de terra batida na casa da avó. O de tijolos alinhados como ladrilhos na casa do avô. O de tacos de madeira da casa por onde andei com pátio de areia. Da estrada de terra, caminho de casa. Da rua de paralelepípedo, caminho da escola, ou das avenidas cobertas de asfalto que levam para longe em direção ao centro da cidade.

O importante é saber que esse chão acumula poeira, recebe chuva, permite a formação de inúmeros buracos para mostrar que a perfeição da reta e a sinuosidade da curva podem ser quebradas. Os passos neste chão são cuidadosos, alguns mais próximos à natureza com insegurança, inocência e sentimento. Outros, com mais racionalidade, proteção e segurança. Alguns são passos rápidos e velozes para não se perder atrás ou à frente da modernidade. Muitas vezes, passos lentos que acompanharam a experiência e o resultado do tempo.

A grande pergunta é onde quero chegar? O momento vivido recorda cada um destes chãos, pois não sou apenas um agora. Sou todos, articulando um caminho e uma direção que se faz com passos. Passos no chão de partida e de uma nova chegada a todo instante. Se há um chão maior ou menor, não pode ser dito, pois, a melhor base é o chão no presente. Cada pedra, poeira, buraco e lama serviram para entender que o chão almejado é um lugar limpo para os pés, portanto, independente de ser terra batida, tijolo, madeira, areia ou piso cerâmico. O que importa é ter um chão para reconhecer como seu e os pés se apresentarem limpos. Devo pensar, onde está esse lugar? Não sei, mas o ideal é identificar o chão a se pisar no agora.



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